Há três semanas, um acidente doméstico, uma queda boba no banheiro, me deixou com um traumatismo craniano grave. Foram 12 dias na UTI e mais cinco no quarto até receber alta e seguir a recuperação em casa. Um lapso temporal foi criado na minha memória, com várias situações que aconteceram. A queda foi no sábado, a internação foi no dia seguinte, no domingo, dia 22. Um dia antes de comemorar o meu aniversário de 43 anos, tudo mudou. A comemoração do meu aniversário e a notícia de que corria risco de morte na UTI do Hospital Unimed impactaram muito. Pouco antes tinha feito o jogo do Tubarão na vitória diante do Campo Mourão. E a queda me tirou das atividades. A luta era para conter o coágulo no meu cérebro, em dois lugares, além da pressão arterial, que saiu fora do padrão, e os médicos buscavam contê-la. É nessas horas que surgem anjos na vida da gente. O trio: doutor Michel Linné, neurocirurgião, doutor Eduardo Paiva Godinho, que me atendeu o tempo todo no período em que estive na UTI, e, por último, doutor Nathan Faraco, médico cardiologista. Sem contar técnicos de enfermagem e enfermeiros (as), que me deram total atenção.

Agradecimentos

A nova chance deve ser agradecida a Deus, por permitir voltar sem sequelas, seguindo um rigoroso tratamento, após um excelente atendimento. As orações de milhares de amigos, que, me conhecendo ou não, se sensibilizaram com a notícia - algo que o jornalista não deve ser, mas, no meu caso, acabei virando. O zelo, a atenção, e cuidando de tudo, da minha esposa Magali Magnus, que sofreu junto em todos os momentos até ir para o quarto e seguir o tratamento da pneumonia e da infecção que adquiri na internação na UTI. De forma especial, ao apoio do vereador Nilton de Campos e de todos os edis, em especial ao presidente da Câmara, Zaga Reis, e ao doutor Jean Abreu Machado, que foi ao meu encontro me tranquilizar da minha situação e que iria me recuperar.

Ao pessoal da Redação DS, sob o comando do nosso editor-chefe, Davi Goulart, em especial ao nosso diretor Lúcio Flávio, que também se colocou à disposição no que precisar, ao Willian e Lysiê, aqui da Folha Regional, em que temos uma parceria de longa data, ao empresário Gil Losso, proprietário do Grupo Catarinense de Rádios, no qual sou colaborador na Rádio Cidade, sob a liderança na coordenação de jornalismo do dinâmico Matheus Aguiar, que, em todo o tempo, mantinha contato para saber a minha situação. Não posso me esquecer da minha mãe, que mesmo longe, no RS, não perdeu a fé em nenhum momento.

Voltando às atividades

Ainda no âmbito esportivo, as torcidas de Hercílio Luz e Tubarão, que se uniram em corrente de oração, para que pudesse sair o mais rápido desse momento difícil. Ao presidente do Tubarão Futsal, diretoria e atletas, que também se uniram às correntes de oração e rezaram pelo meu restabelecimento. Foram 12 quilos perdidos, mais de uma dúzia de remédios para ser administrado diariamente. Mesmo com a perda de massa muscular, vamos aos poucos nos reabilitando. Um novo recomeço agora, no auge dos 43 anos, foi me oportunizado, mesmo não podendo comemorar o meu aniversário. Agradeço aos que lembraram e enviaram mensagens e ficaram sabendo do que aconteceu. 

Lamento de coração essa ausência de 21 dias. Nesse período que estou por aqui, nunca havia falhado uma coluna. Mesmo em férias, ou na baixa temporada do futebol, não deixei de estar com você por aqui. Seguimos em frente, com fé em Deus, aos poucos voltando às minhas atividades normais, além da apresentação do Central do Esporte, assinar minhas colunas, voltar com a narração esportiva, com a mesma alegria, comprometimento e profissionalismo que tive até o momento. Na próxima edição, voltaremos com a coluna e as observações do nosso esporte.