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COLUNISTAS

Assimetria craniana

08/07/2025 21h08 | Atualizada em 08/07/2025 21h09 | Por: Nayara dos Reis Pereira

Será que é grave? O que preciso fazer para evitar e como tratar? Essas são dúvidas frequentes entre as mães. Desde que descobrem que estão grávidas, surgem várias dúvidas e medos, e esse costuma ser um deles. Porque desde que a criança está na barriga da mãe já se pode começar a observar o formato da cabeça, como a criança está preferindo se posicionar e a posição em que ela está quando nasce.  

Como acontece o parto, se cesariana ou parto normal, influencia diretamente nas causas de assimetria craniana. E pode estar associada ao torcicolo congênito ou não.

Desde a publicação em 1992 com a recomendação de colocar as crianças para dormir de costas (de barriga para cima), os pediatras recomendam insistentemente que as mães não coloquem os bebês para dormir em outra posição. Como consequência, as taxas de morte súbita infantil caíram significativamente.

Entretanto, simultaneamente, as assimetrias cranianas em bebês aumentaram nesse período (cabeça torta ou amassada). Na prática elas se desenvolvem porque o bebê fica praticamente o tempo todo deitado e sem muita mobilidade na cabeça, especialmente nos primeiros meses de vida. Hoje sabemos que o apoio constante em um ponto da cabeça pode levar ao seu “achatamento”.

Outra condição que pode levar a “amassar” a cabeça só de um lado é a criança ter “preferência” por uma determinada posição – ou um determinado lado para dormir, por exemplo. Ao contrário do que muitos pais pensam, a criança não deve ter um lado de preferência nos primeiros meses de vida. Geralmente a lateralidade preferencial só se desenvolve a partir de 1 ano. 

Nos primeiros meses essa “preferência” pode estar relacionada a déficit de força ou de alongamento de um dos lados do pescoço. Isso pode vir desde a vida intrauterina, devido à posição em que o bebê estava. Nesses casos é preciso fazer diagnóstico diferencial com torcicolo congênito.

O acompanhamento com o pediatra desde os primeiros dias é muito importante para verificar essas assimetrias e as causas. O tratamento proposto depende basicamente de três fatores: a idade do bebê, a gravidade da assimetria e a resposta que o bebê está tendo com as intervenções (reposicionamento, fisioterapia etc).

Dependendo desses três fatores pode-se recomendar desde fisioterapia até a colocação de órteses cranianas (os conhecidos “capacetes”). O tratamento com reposicionamento e fisioterapia deve ser iniciado o mais cedo possível, sendo melhores os resultados quando ele é iniciado com menos de 6 meses de vida. Após 1 ano de vida os resultados podem não ser mais tão satisfatórios.

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