O torcicolo muscular congênito (CMT) é uma deformidade postural cada vez mais comum, geralmente evidente logo após o nascimento, mas em alguns casos fica mais aparente conforme os dias de vida vão passando, e a criança vai se movimentando mais. É uma alteração em que a criança tem dificuldades em virar a cabeça para um dos lados. Essa postura por tempo prolongado favorece à assimetria craniofacial.
Afeta 3,9% a 16% dos bebês e se caracteriza por inclinação para o lado da lesão e rotação para o lado contrário. A assimetria craniofacial é um comprometimento coexistente em até 90% dos bebês com torcicolo muscular congênito e aumenta o risco de assimetria facial, da orelha e mandibular, se não tratada precocemente.
A causa do torcicolo congênito não é clara. Atribui-se à trauma de nascimento, síndrome do compartimento pré-natal ou perinatal e, principalmente, ao comprometimento do desenvolvimento do esternocleidomastóideo por restrição intrauterina.
Existe tratamento?
A melhora do torcicolo congênito não se dá de forma espontânea. É necessário fisioterapia para trabalhar de forma isolada e individual a condição de cada criança e as alterações que ela apresenta na avaliação, com objetivo de corrigir o torcicolo congênito e impedir o aumento e a persistência das assimetrias.
A intervenção precoce é mais eficaz do que quando iniciada posteriormente, geralmente conseguindo atingir a normalidade de amplitude de movimento em 6 semanas. Bebês que iniciam a terapia tardiamente necessitarão de tratamento por período mais prolongado, de até 6 a 10 meses.
Existe um exame que avalie o TCM?
Quando se suspeita de TCM em um bebê é importante exame clínico com o neuropediatra e com um fisioterapeuta, para avaliar a postura do bebê, mobilidade cervical, desvios na coluna e formato do crânio e face.
Fisioterapia
A cada coluna, um novo aprendizado. Aqui a fisioterapeuta neurofuncional pediátrica, com atuação na região, compartilha tudo o que sabe em anos de experiência, estudos e especializações