Bati um papo, na última semana, com o prefeito de Pedras Grandes, Agnaldo Filippi (PP), e ele expôs uma ideia que defende há duas décadas: o projeto de um canal extravasor nas bacias dos rios Tubarão e Capivari. Segundo o alcaide, seria uma solução inovadora para as cheias da região. A ideia consiste na criação de um gigantesco “depósito”, com capacidade de conter (armazenar) até 80 milhões/m³ de água. Ficaria entre a Madre e a Lagoa Santo Antônio dos Anjos. Em caso de cheias na região, comportas e bombas auxiliariam no controle das águas. Em situações normais, o canal poderia ser utilizado para prática de esportes náuticos e aquicultura. Para Agnaldo, a execução seria mais barata que a redragagem do Rio Tubarão e mais útil ao turismo e economia regional. Essas estruturas são muito utilizadas nos sistemas de drenagem em São Paulo, em locais propensos a enchentes, fazendo com que a água seja direcionada a locais seguros. “Antes de contratar a empresa que fará a redragagem, seria prudente ter um projeto para o canal extravasor”, concluiu Agnaldo Filippi.
Portais da transparência
O Ministério Público Público de Santa Catarina, que é tão célere em alguns temas e tão moroso em outros, poderia dar uma “espiada” nos portais da transparência de câmaras e prefeituras da região. Um show de falta de informação ou dados publicados em abas erradas, parecendo querer esconder ou não divulgar alguns gastos. Aliás, tenho uma dúvida. Por que só uma empresa de software é responsável por 90% dos portais da região? É quase um monopólio por um serviço bem meia-boca.
Indústria das consultorias
Um vereador capivariense confidenciou que uma empresa de consultoria seria contratada para fazer a revisão da lei orgânica da cidade. Quer dizer, um vereador é eleito para esse trabalho, recebe por isso, pode contratar inúmeros assessores para auxiliá-lo no processo e quer contratar uma empresa para terceirizar um serviço que deveria ser feito por ele ou sua equipe. No fim, pagamos os nobres edis e seus aspones para colocarem nomes de rua, falar de um buraco ou outro nas estradas e por aí vai. Legislar pra quê? Se precisar criar ou modificar leis – ou fiscalizar – contrata-se uma firma ou uma auditoria. Justiça seja feita: essa farra na contratação de empresas de assessoria, consultoria e auditoria acontece em praticamente todas as cidades da região. Até gostaria da ideia se pudéssemos substituir os políticos incompetentes por esses serviços contratados.
Artistas desistiram de salvar a Amazônia?
Em 2024, o Brasil registrou incêndios em uma área de 30 milhões de hectares, o equivalente a 3,5% do território nacional. Os dados são do Relatório Anual de Fogo (RAF), divulgado pelo MapBiomas, com base em imagens de satélite. O número representa aumento de 10% em relação ao ano anterior. Essa foi a segunda maior extensão que o fogo alcançou nos últimos 40 anos, ficando 62% acima da média para o período entre 1985 e 2024, como aponta o MapBiomas.
Política
Nunca ‘café com leite’, sempre contundente. Esta é receita imbatível de Niltinho Veronesi para a sua coluna política, que destrincha os bastidores e traz ao público informações exclusivas, sempre com sua opinião firme e irreverente