O discurso será de normalidade. Evidente que o jogo político na Amurel muda de rumo com a deflagração da 6ª fase da Operação Mensageiro, que teve como um dos alvos o ex-prefeito de Braço do Norte Beto Kuerten (PSD). Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa, prefeitura e Câmara, e documentos referentes ao ano de 2022 foram levados por Gaeco/Geac. Não é um pré-julgamento, mas um nome que precisava ganhar força, em especial na região litorânea, sofre um revés com esse desgaste político, e o questionamento vem à tona: e agora, PSD? Mantém a condição de pré-candidato ou os pessedistas apostarão em um outro nome? Correligionários enviaram mensagens com um termo que uso com frequência: “vai cair no colo do Jairo Cascaes, o cara que quer nada e sempre tem tudo”. Candidaturas já consolidadas a uma vaga na Alesc, como do delegado Ulisses Gabriel (PL) e de Pepê Collaço (União Progressista), ganham ainda mais espaço nesse vácuo que deverá ser deixado por Betinho.
Falando em PSD...
O bicho pegou na sessão da Câmara de Vereadores de Tubarão. Carlos Alexandre dos Santos e Valdir Antunes, ambos do PSD, trocaram ofensas. Mentiroso pra cá, sem vergonha pra lá... Xandão criticou vereadores que anunciam destinação de emendas enviadas por deputados sem valores e datas. Barba não gostou, sentiu as dores, e ambos foram para o confronto. Percebam o nível dos legisladores (e não é exclusividade de Tubarão): brigam por algo que nem deveria existir. Sim, a aberração das emendas parlamentares, principalmente pelo modo como são utilizadas no Brasil, como forma de “toma lá dá cá”, não deveria existir, e os parlamentares (que enviam e que recebem) se gabarem menos, afinal é uma grana nossa, ou alguém aqui agradece o caixa eletrônico quando vai sacar SEU dinheiro? Menos, deputados, senadores e vereadores. Bem menos.
Transparência?
Não tem como cobrar obras de relevância do governo Preto Crippa. Laguna passou por administrações desastrosas, que afundaram o município, e são justos os 12 meses pedidos pelo prefeito para colocar a casa em ordem. Na parte administrativa é diferente. Uma prefa quebrada admitir mais de 200 funcionários comissionados é um deboche com a grana do pagador de impostos. Outro ponto: o alcaide fala com frequência sobre a idoneidade da gestão, mas passou da hora de justificar as inconsistências na gerência da Fundação Irmã Vera. Não só não temos explicações, como uma boquinha pro ex-presidente da entidade foi conseguida na Amurel. Tá ficando bem difícil.
Jorginho e Julio
Em entrevista à jornalista Maga Stopassoli, no portal ND Mais, o prefeito de Floripa, Topázio Neto (PSD), afirmou que “o partido tem a chance de colocar o presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD), como vice do governador Jorginho Mello (PL) no pleito de 2026”. A ideia tem o apoio de muitos pessedistas na base, já que nas pesquisas internas o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), não tem empolgado. Me fez lembrar uma frase muito mencionada no meio político em períodos eleitorais: “melhor ser inimigo na vitória do que sócio na derrota”.
Política
Nunca ‘café com leite’, sempre contundente. Esta é receita imbatível de Niltinho Veronesi para a sua coluna política, que destrincha os bastidores e traz ao público informações exclusivas, sempre com sua opinião firme e irreverente