Na última semana o governador Jorginho Mello esteve em Brasília, onde cumpriu agenda em busca de recursos para, segundo o próprio governo, aliviar os cofres do Estado. Conforme levantamento da Secretaria da Fazenda, a conta não fecha: constatou-se rombo de R$ 2,85 bilhões. Mas há também o legado do ex-presidente Jair Bolsonaro a um dos Estados mais bolsonaristas do país. Jorginho pediu ao novo presidente: 1) que SC possa abater da dívida com o governo federal os R$ 465 milhões em recursos estaduais injetados nas obras das rodovias federais; 2) compensação às perdas com a queda na arrecadação de ICMS.
Deu no que deu
No primeiro caso, uma medida adotada então por Carlos Moisés para dar algum avanço a obras federais empacadas por falta de boa vontade de Brasília; no segundo, uma saída eleitoreira do candidato Bolsonaro para frear o aumento dos combustíveis e, de quebra, amealhar alguns votos. Não deixa de ser ironia, mas agora Jorginho Mello tem de se virar como pode para lidar com a herança meio amarga de seu maior cabo eleitoral. Para ser justo, ele também precisa ser crítico ao seu mentor, como o é com seu antecessor na Casa d’Agronômica.
Pelo ralo
Não obteve muito avanço uma demanda encaminhada ao Ministério Público informando supostas irregularidades nos serviços relacionados à drenagem pluvial em Tubarão. Este é um dos grandes gargalos do município, em todos os sentidos, e não é preciso uma chuva fora de comum para se ter noção disso. Mas a investigação não foi adiante por falta de mais informações por parte do denunciante, assim como já existe procedimento administrativo da 6ª Promotoria para fiscalizar a implantação das políticas públicas decorrentes do Plano Municipal de Macrodrenagem, entre outras ações.
Esquerda festiva
De volta ao poder, o PT comemora no próximo dia 10 os seus 43 anos de fundação. O diretório do partido em Santa Catarina promete, em cada cidade do Estado, atividades com sua militância. Caso o partido, em particular, e a esquerda, em geral, queiram ser mais competitivos nas urnas em SC, não podem ficar só na ação entre amigos.
Reprovado
Os juízes do Tribunal Regional Eleitoral, por unanimidade, desaprovaram as contas do diretório estadual do Solidariedade referente ao exercício financeiro 2020. O partido também terá de devolver ao Tesouro Nacional quase R$ 144 mil, por falta de comprovação da aplicação de recursos do Fundo Partidário.
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