A eleição indireta para prefeito e vice de Tubarão, como todo pleito eleitoral, depende de capacidade de articulação, mas parece ser também uma questão matemática. Vence a chapa, na votação do dia 7, que obtiver maioria simples, ou seja, pelo menos oito votos. Isso quer dizer que, como o governo tem maioria na casa, é pouco provável, considerando a frieza dos números, que ocorra algo fora da atual configuração, com o poder saindo das mãos da situação.
De olho na cadeira
Nos bastidores, claro, a briga deve esquentar, antes de se chegar a um consenso. A possibilidade de se tornar prefeito, nem que seja por cerca de um ano e meio, mexe com ambição e projetos políticos. Alguns nomes estão na mesa, e há quem aponte como favorito o atual presidente da Câmara, Jairo Cascaes, do PSD.
Dois grupos
Na tribuna nesta segunda-feira, Zé Tancredo, do MDB, falou em disputa entre dois grupos: o que quer manter a atual situação e outro que pretende se apresentar como oposição. Nesse caso o próprio Tancredo é um nome natural de alternativa, pela sua posição dos últimos anos. Na última sessão, as entrelinhas de sua fala mostraram o discurso de alguém que está disposto a ir para a disputa. PSDB hoje, também de oposição, pode sugerir o vereador Denis Matiola. Mas, por enquanto, nada, em nenhum lado, está definido.
Parabéns na Câmara
Ainda na sessão desta segunda-feira Zé Tancredo puxou um “Parabéns a você” na tribuna. Mas quem estava de aniversário não era ninguém, não. O vereador lembrou que no dia seguinte faria um ano que o município perdeu a Certidão Negativa de Débito, inviabilizando a obtenção de recursos, como os R$ 5 milhões para os moradores do Km 60 que perderam suas casas no ano passado, durante a enchente de maio.
A carta do dr.
As cartas de renúncia, mais que obrigação formal, podem se tornar, pela forma e conteúdo, documentos para a posteridade. Com a onda de renúncias entre os prefeitos envolvidos na Operação Mensageiro, seus termos de renúncia também vieram a público, comunicando mais que a desistência do cargo. Segunda-feira foi a vez de Vicente Corrêa Costa, que afirmou se sentir “uma figura fantasmagórica assombrando os legisladores e o paço municipal”. Não se sabe se a substituta de Vicente concorda com a imagem. Mas é como se fosse. Márcia Roberg Cargnin, alçada à prefeita, deve buscar impor sua marca à gestão, o que parece estar disposta a fazer. Mas terá também outro desafio: livrar-se do “fantasma” do antecessor, de quem era, até pouco tempo atrás, a sua vice-prefeita.
Moisés no ataque
Carlos Moisés usou suas redes sociais para alfinetar Jorginho Mello. Mostrou as obras paradas na Rodovia Ageu Medeiros por falta de recursos.
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