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COTIDIANO

“É muita maldade”, diz biólogo que resgatou sapo com boca colada em SC

Com óleo mineral, cotonete e colher, foi possível abrir boca do anfíbio novamente. Caso configura como maus-tratos, informou biólogo 

21/08/2024 20h18 | Atualizada em 21/08/2024 20h25 | Por: Redação Folha Regional

O caso de um sapo-cururu que teve a boca colada e foi resgatado repercute nas redes sociais deste esta terça-feira, dia 20. O caso ocorreu em Jaraguá do Sul.

A equipe da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) usou óleo mineral, cotonete e uma colher para conseguir abrir a boca do anfíbio novamente.

Segundo o biólogo da Fujama Christian Raboch, que gravou um vídeo do procedimento feito no sapo, o caso configura maus-tratos. Este é a segunda vez que este crime ambiental é registrado este ano na cidade. Conforme o biólogo, uma senhora procurou o órgão ambiental dizendo que o sapo com a boca colada havia aparecido no quintal dela. Ela levou o animal até a Fujama. 

"A gente pegou o animal, utilizamos cotonete e óleo mineral e, aos pouquinhos, a gente foi conseguindo descolar a boca do bicho", disse Raboch. Sem ajuda, o sapo poderia acabar morrendo.

"Deu trabalho porque você tem que botar o óleo mineral, esperar a cola amolecer. Nesse meio tempo, o bicho está sentindo dor, está agoniado. Com a ajuda de uma colher, eu consegui abrir um pouco a boca, até abri-la por inteiro".
Todo o trabalhou durou cerca de meia hora. "Ele estava com um pouco da parte da mucosa meio vermelha" declarou o biólogo.

O animal é uma fêmea de sapo-cururu. "A fêmea tem essa coloração mais escura, é bem maior que o macho e o macho é mais esverdeado, menorzinho". Como o animal estava debilitado, ficará algum tempo na Fujama.

"Ela vai ficar conosco aí alguns dias até ela conseguir se alimentar e a gente conseguir devolver o bichinho para a natureza". O biólogo também falou sobre o papel desses anfíbios na natureza. "Os sapos são superimportantes para nós porque eles se alimentam principalmente de insetos. Mas tem espécies que podem se alimentar de pequenas serpentes ou até mesmo de pequenos escorpiões".

Por fim, falou também sobre as providências a serem tomadas em relação ao crime ambiental cometido. "O sapo é um animal silvestre, ele é protegido por lei. Eu não consegui entrar em contato com a moça ainda, que deixou o bicho lá, mas eu vou falar com ela para abrir um BO [boletim de ocorrência], por conta de maus-tratos. Isso é um crime ambiental".

As informações são do G1SC

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