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COTIDIANO

“Foram os 29 dias mais difíceis da minha vida”, diz prefeito de Cocal do Sul após deixar a prisão

Fernando de Fáveri foi preso em junho durante operação Fundraising que investiga esquema de desvio de recursos públicos e fraudes em licitações

Cocal do Sul, 19/07/2024 08h09 | Atualizada em 19/07/2024 08h14 | Por: Redação Folha Regional

Após quase 30 dias preso, o prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Fáveri, teve o alvará de soltura liberado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (TJSC). Ele deixou a prisão na noite desta quinta-feira, dia 18, e foi recebido pela população no Centro da cidade. 

Ele ficou preso desde 19 de junho, em decorrência de desdobramentos das investigações da Operação Fundraising, que apura atuação de um grupo para direcionar processos licitatórios em diversos municípios de Santa Catarina.

De acordo com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Fernando de Fáveri é acusado de fazer parte de uma organização criminosa complexa que utilizava empresas fictícias para obter lucro ilícito por meio de fraudes em licitações. As atividades suspeitas datam desde 2007. Segundo as informações obtidas, prefeitos de vários municípios catarinenses teriam garantido benefícios financeiros em troca de favorecimento a essas empresas.

Em sua chegada em Cocal do Sul, familiares, amigos e apoiadores de Faveri trancaram a SC-108 com faixas e gritos de apoio ao prefeito. Em sua fala, ele relatou sobre os dias em que ficou detido em uma cela no Presídio Santa Augusta, em Criciúma. “Foram os 29 dias mais difíceis da minha vida. Nos meus três primeiros dias lá dentro, meu único pensamento era em me matar. Era só nisso que eu pensava, porque eu jurei para a minha mãe que ela nunca ia passar vergonha comigo. Nós éramos em 12 na cela. Independentemente, do que eles fizeram, em nenhum momento eles me deixaram sozinho. Era uma cela de muita oração o tempo todo”, detalhou o prefeito. 

Assista ao vídeo:

A prisão preventiva do prefeito foi substituída por uma série de medidas cautelares, entre elas a suspensão do exercício das funções públicas e a proibição de acessar prefeituras onde as supostas irregularidades foram cometidas.

Fernando de Faveri foi um dos alvos da segunda fase da Operação Fundraising, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac).

A operação investiga um esquema de desvio de recursos públicos e fraudes em licitações, onde contratos eram firmados sob o pretexto de prestação de consultoria e assessoramento para captação de recursos públicos, mas que na prática resultavam em ganhos ilícitos para servidores públicos, agentes políticos e particulares.

Na decisão que autorizou a soltura, foram impostas várias condições a Faveri, incluindo a proibição de manter contato com os demais investigados e testemunhas, além de não se ausentar da comarca sem autorização judicial por mais de três dias. O advogado de Faveri, Marcos Rinaldo Fernandes, afirmou que a defesa está empenhada em comprovar a inocência do prefeito, destacando que os equipamentos eletrônicos apreendidos não contêm provas que o incriminem.

Folha Regional

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