Centenas de voluntários se deslocam para o Rio Grande do Sul para auxiliar famílias atingidas pelos fortes temporais dos últimos dias.

De Jaguaruna e região, médicos e profissionais de diferentes áreas da saúde se mobilizaram para se deslocar até o Estado vizinho e auxiliar os afetados.

Neste sábado, dia 4, o médico de Jaguaruna Thiago Mappes, coordena uma equipe formada pela sua esposa, a dentista Pollyana Cavalcante, a enfermeira Isabel Alves do Samu de Tubarão, a enfermeira Idailane Barrozo do Samu de Braço do Norte e a agente comunitária de saúde Adriana Ricardo. 

Os profissionais de Jaguaruna e região foram recebidos no gabinete de gestão em Porto Alegre e encaminhados a um local seguro para realizar trabalhos voluntários na área da saúde. Na manhã deste domingo, dia 5, eles seguem para Canoas. 

Segundo relatos da equipe, a situação é caótica. Cidades da região metropolitana como Canoas, estão totalmente ilhadas com prédios e hospitais inundados. Eles afirmam que a maior dificuldade neste momento são os resgates, pois há muitas regiões totalmente inundadas. “Vemos muitas famílias separadas e muita gente com crise de ansiedade”, afirma o médico.

Ele ainda relata que Canoas é um dos municípios mais afetados.

As fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul já afetaram 510.585 pessoas, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil do estado, às 18h, deste sábado. Dos 497 municípios, pelo menos 317 já sofreram alguma consequência dos temporais que atingem a região desde o início da semana. 

A Defesa Civil confirma a morte de 55 pessoas e informa que ainda há sete em investigação. Neste sábado, a Defesa Civil passou a divulgar as mortes confirmadas em decorrência dos temporais e as em investigação para determinação da causa. Os municípios com mais óbitos são Gramado (6) e Santa Maria (6). 

Até o momento, há 107 feridos e 74 cidadãos desaparecidos. Em todo o estado, há 69 mil desalojados em 13 mil pessoas em abrigos. 

Pelo menos 418,2 mil pontos estão sem energia elétrica. Há ainda 1 milhão de domicílios sem abastecimento de água (34% do total), segundo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).