Vídeo ainda está disponível na íntegra no perfil oficial da política no Instagram
A Associação Catarinense de Imprensa (ACI) publicou uma nota criticando a postura da Deputada Federal Júlia Zanatta (PL) em uma transmissão ao vivo realizada no Instagram. No vídeo, a deputada chamou de "canalha" a atitude de um repórter que supostamente teria distorcido as respostas dela em uma entrevista sobre imigração.
A ACI acusa a deputada de intimidar, ameaçar e ofender o profissional, além de expôr sua imagem.
Além da associação, a nota foi assinada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de SC e o Departamento de Jornalismo da UFSC, universidade onde o repórter, que faz estágio no veículo em que foi divulgada a matéria, está cursando a graduação.
A live foi publicada nas redes sociais na última semana e ainda está disponível na íntegra no perfil oficial da política. No material, Zanatta se mostra inconformada com a forma que o material foi transcrito, além de chamá-lo de "canalhinha" e mostrar rapidamente seu perfil no Instagram.
CONTRAPONTO
A reportagem do Folha Regional procurou a assessoria da deputada questionando sobre a nota e se desejava se manifestar oficialmente. Em resposta, a deputada afirmou que não foi procurada pela ACI para ser ouvida sobre o caso e acusou a jornalista Débora Almada, presidente da entidade, de "ter um lado" e "mamar nas tetas do governo Jorginho Mello".
Confira a nota na íntegra:
"A Associação Catarinense de Imprensa vive de dinheiro público. A sua sede é fruto de uma concessão. Recebe banner do Governo do Estado e da Alesc para manter o site. Ou seja: dinheiro do pagador do imposto. A única diferença entre a minha atuação e a deles é que eu fui eleita para estar onde estou e a senhora Débora Almada, que outro dia usou da defesa das mulheres para defender a Janja, não se prestou nem a ouvir de mim o que aconteceu. Sabemos que eles têm um lado, mas adoram mamar nas tetas do Governo Jorginho para ganhar bannerzinho. Sempre atendo a imprensa e os respeito, mas sou jornalista e sei cobrar quando estão errados. A imprensa precisa entender que nao tem mais o monopólio do microfone."