Senador afirma que trajetória política pesou na decisão de Jair Bolsonaro e descarta Michelle Bolsonaro como vice
Foto: Divulgação Instagram O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que sua trajetória política foi decisiva para ser escolhido por Jair Bolsonaro (PL) como representante da família na disputa presidencial de 2026, no lugar da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que aparece à frente dele em pesquisas eleitorais.
A declaração foi feita durante entrevista ao jornalista Leo Dias, na segunda-feira (15). Segundo Flávio, o ex-presidente buscava um nome capaz de unificar a direita, diante da pressão interna para indicar um substituto.
De acordo com Flávio Bolsonaro, o pai já havia sinalizado anteriormente que ele seria o escolhido para a disputa presidencial.
“Por três vezes, ele havia dito que eu seria o candidato, que ele tem confiança em mim, que estou preparado. Fui parlamentar por quatro mandatos como deputado no Rio”, afirmou o senador.
Flávio também citou sua formação acadêmica e a experiência adquirida durante o governo Bolsonaro como fatores relevantes para a decisão.
“Sou advogado, sou formado em empreendedorismo e novos negócios, sou formado em políticas públicas de governo e, nos quatro anos que estive ao lado do meu pai na Presidência da República, deu para aprender muita coisa com os erros e com os acertos”, completou.
A pré-candidatura de Flávio foi confirmada em 5 de dezembro, após uma semana de tensões internas no PL envolvendo Michelle Bolsonaro. O senador criticou a postura da madrasta após ela se posicionar contra uma possível aliança do partido com Ciro Gomes (PSDB) no Ceará.
Apesar disso, Flávio afirmou que a escolha não gerou conflitos familiares.
“Sou o filho que mais me dou bem com a Michelle. Não tenho problema nenhum”, declarou.
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, Jair Bolsonaro não teria comunicado previamente Michelle sobre a escolha do filho como pré-candidato.
Mesmo reconhecendo a relevância política de Michelle Bolsonaro, Flávio descartou a possibilidade de ela integrar a chapa como candidata a vice-presidente em 2026.
“Ela tem um papel importante, seria um desperdício tê-la na chapa em 2026. Já tem um Bolsonaro na chapa”, afirmou o senador.