O fenômeno provocou quatro mortes durante a semana: três no Haiti e uma na República Dominicana, onde um adolescente também está desaparecido
Divulgação/Folha Regional O furacão Melissa avança nesta segunda-feira, dia 27, pelo Caribe depois de atingir a categoria máxima, com ventos de quase 260 quilômetros por hora, informaram os meteorologistas, que pediram aos residentes da Jamaica e de outras áreas próximas que procurem abrigo imediatamente.
Melissa provocou quatro mortes durante a semana: três no Haiti e uma na República Dominicana, onde um adolescente também está desaparecido.“Melissa agora é um furacão de categoria 5”, escreveu o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos em seu boletim mais recente.
“Os ventos destrutivos, marés de tempestade e inundações catastróficas vão piorar na Jamaica ao longo do dia e durante a noite”, advertiu o NHC.
A lentidão de deslocamento da tempestade é preocupante, o que significa que as áreas em sua trajetória podem enfrentar condições adversas por muito tempo.
Melissa é o furacão mais forte da história recente a atingir diretamente a Jamaica e deve despejar até 76 centímetros de chuva, além de causar uma maré de tempestade que apresenta riscos de morte.
O governo jamaicano ordenou evacuações obrigatórias para moradores da capital Kingston, Porto Real e outras áreas da ilha para 900 abrigos disponibilizados à população. Os dois aeroportos internacionais do país foram fechados no domingo.
Os habitantes das áreas afetadas “devem permanecer abrigados em suas casas por dois ou três dias, ou até mais tempo para as populações que ficarão isoladas pelas inundações catastróficas”, afirmou o vice-diretor NHC, Jamie Rhome.
Ele alertou que as condições na Jamaica “vão piorar muito, muito rapidamente nas próximas horas”.O ministro do Governo Local da Jamaica, Desmond McKenzie, informou em uma entrevista coletiva que os abrigos contra tempestades foram abertos em todo o país.
“Esta é uma aposta que não se pode ganhar. Não se pode apostar contra Melissa”, enfatizou.
Melissa é a 13ª tempestade nomeada da temporada de furacões do Atlântico, que vai do início de junho até o final de novembro.
Depois de passar pela Jamaica, a tempestade deve prosseguir em direção ao norte e atravessar o leste de Cuba na noite de terça-feira, enquanto continua impactando o Haiti e a República Dominicana.
Na República Dominicana, um homem de 79 anos morreu após ser arrastado por um riacho, e um menino de 13 anos continua desaparecido, informaram as autoridades no sábado.
No Haiti, a agência de proteção civil registrou as mortes de três pessoas devido à tempestade.
O NHC alertou sobre “inundações repentinas catastróficas e potencialmente mortais, assim como numerosos deslizamentos de terra” na Jamaica.
Os ventos destrutivos causarão “danos significativos às infraestruturas e cortes prolongados de eletricidade e das comunicações”, acrescentou.
O Serviço Meteorológico da Jamaica prevê uma maré ciclônica de até quatro metros ao longo da costa sul do país. As autoridades ordenaram a saída dos moradores de diversas áreas costeiras da nação insular.
O aeroporto internacional de Kingston foi fechado na noite de sábado, assim como todos os portos.
As informações são do Jornal de Brasília