Os Bombeiros Voluntários foram acionados em uma propriedade localizada em Sanga Grande Baixa, em Jaguaruna, para auxiliar na captura de um animal não muito comum: um gato-maracajá. O felino foi encontrado dentro de um galinheiro quando a proprietária foi tratar os animais de estimação. 

O animal se encontrava bastante agitado, com espinhos de porco pela face e um pequeno ferimento na parte dorsal. A guarnição fez contato com o biólogo Rodrigo Ávila Mendonça, que prontamente se dispôs a ir até o local com uma equipe formada por ele e mais duas médicas veterinárias do Hospital Veterinário da Unisul. 

Foi feita a sedação do animal para que fosse retirado os espinhos de forma segura e para que ele fosse transportado até o hospital veterinário em segurança. Após passar por cuidados o animal será levado para uma reserva ambiental.

Gato-maracajá

O gato-maracajá tem olhos e patas grandes e uma cauda longuíssima. O felino, que vive da costa mexicana até Argentina e Uruguai, é encontrado em quase todo o Brasil, com exceção do Ceará.

Apesar de usar o solo para andar, o gato-maracajá prefere caçar andando na galhada de árvores. Também conhecido como gato-do-mato, ele caça à noite sem a companhia de outros animais. A gestação do gato-maracajá dura pouco mais de 80 dias e as fêmeas têm apenas um filhote de cada vez. 

Segundo estimativas, existem entre 4,7 mil e 20 mil indivíduos na natureza no país. E a tendência é de queda. A caça feita por criadores de aves domésticas e a derrubada e fragmentação do seu habitat colocam a espécie em risco grave. Em 15 anos, o equivalente a três gerações, a expectativa é que haja uma redução de 10% no número de gatos-maracajás.