Diante de lideranças do PSD, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, confirmou neste sábado, dia 25, sua pré-candidatura ao governo do Estado, antecipando o cenário eleitoral de 2026, quando deve figurar como o principal adversário de Jorginho Mello (PL), atual governador. O anúncio de João Rodrigues também pode significar uma divisão na direita, afinal tanto ele quanto Jorginho disputarão o apoio do bolsonarismo.

O encontro, que reuniu cerca de 100 lideranças, ocorreu em Itapema. Entre elas estavam o deputado estadual Julio Garcia, favorito à presidência da Alesc este ano, o vice-prefeito de Tubarão, Denis Matiola, e o ex-prefeito de Criciúma Clésio Salvaro. Beto Kuerten, ex-prefeito de Braço do Norte e cotado para ser pré-candidato a deputado estadual, também participou da reunião.

“Pretendo disputar a eleição, participar da eleição majoritária. Já se cogitou a possibilidade de ser pré-candidato ao Senado. Eu vou disputar, e é o governo do Estado. Não há outro cargo”, afirmou, sob aplausos dos convidados. 

Rodrigues disse ainda que o lançamento da pré-candidatura será em 22 de março, dia de seu aniversário, em Chapecó. Em seu discurso, elogiou a atuação do ex-governador Luiz Henrique da Silveira (MDB), “um estadista que respeitava seus adversários”, repetiu que não vai disputar uma vaga no Senado e disse que será pré-candidato ao governo porque os eleitores de Chapecó o autorizaram ainda durante a campanha à reeleição como prefeito. 

Uma candidatura de Rodrigues ao Senado, já descartada por ele mesmo, estava sendo vista como forma de evitar o racha na direita, pois assim o prefeito de Chapecó não disputaria o voto contra Jorginho Mello.

“A disputa não será entre direita e esquerda, será capacidade contra capacidade, gestão contra gestão. Fui vítima do sistema, e hoje sou candidato para combater o sistema, que se utiliza da estrutura para perseguir pessoas. Só que quando mirou para mim errou o alvo. Acertou numa muralha”, comentou Rodrigues.