Empresários e deputado de Tubarão cobram agilidade no lançamento da licitação após sete meses do anúncio dos recursos para o projeto
O projeto de dragagem, derrocagem e remodelagem do Canal da Barra, em Laguna, que estava na Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (SIE), retornou à Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF) há cerca de 15 dias com apontamentos de ajustes nos orçamentos e detalhamentos do projeto. O anúncio foi feito nesta terça-feira, dia 4, pela SPAF após questionamentos de empresários e do deputado estadual Pepê Collaço (PP)Conforme a SPAF, nesta segunda-feira, dia 3, processo foi devolvido à SIE com os devidos ajustes e indicação de que deverá tramitar com celeridade. O prazo esperado para a tramitação de projetos desta natureza é de cerca de 60 dias.
“O secretário Beto Martins, reassumiu a SPAF na semana passada e trata o tema com total e absoluta prioridade e tão logo se tenha novas informações sobre o processo licitatório elas serão levadas a público”, diz a nota.
A demora para o lançamento da licitação que prevê a elaboração dos projetos básico e executivo para redragagem da área do Porto de Laguna foi pauta de reunião na Associação Empresarial de Tubarão (Acit) na noite desta segunda-feira, dia 3. O deputado estadual Pepê Collaço foi convidado para falar sobre o assunto.
Defensor da necessidade de redragagem do Rio Tubarão e complexo lagunar, o deputado confirmou que, apesar da destinação de R$ 5 milhões pela Bancada do Sul ter ocorrido há sete meses, o trabalho ainda não foi licitado. Inclusive, lembrou que a assinatura do documento que formalizou a emenda ocorreu na Acit, em julho do ano passado.
“Essa é uma pauta importantíssima para a nossa região. O governo do estado está buscando recursos de financiamento para investimentos em barragens, redragagens, e a gente sente uma dificuldade de incluir o Sul catarinense como uma prioridade também”, lamentou Pepê.
Existe também preocupação quanto à atualização do projeto de redragagem do rio, elaborado em 2013. O governo anunciou que essa revisão será feita pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), trabalho que ainda não começou.
“O processo é muito moroso, estamos discutindo isso há mais de um ano, infelizmente. E não estamos falando da obra de redragagem em si, e sim da atualização do projeto. Isso deixa a gente muito frustado. Porque o mais difícil é levantar o recurso, e isso a gente fez”, declarou o deputado.
Uma nova reunião com os demais deputados da Bancada do Sul deve ser convocada para avaliar de que forma pode ser resolvido o problema.