Presidente dos EUA, Donald Trump, falou nesta sexta-feira que Luiz Inácio Lula da Silva pode falar com ele "quando quiser"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou na noite desta sexta-feira, dia 1º, em uma postagem nas redes sociais, que segue aberto ao diálogo com os Estados Unidos (EUA), em meio a imposição de tarifas comerciais e sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e que a prioridade é reduzir os impactos econômicos e sociais das medidas unilaterais adotadas pelos norte-americanos.
"Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano", escreveu Lula.
A declaração ocorre horas após o presidente dos EUA Donald Trump afirmar que pode conversar com Lula em qualquer momento que o brasileiro quiser.
Abertura de diálogo
Mais cedo, nesta sexta, no gramado da Casa Branca, Trump disse a jornalistas que o presidente brasileiro pode falar com ele "quando quiser".
“Ele pode falar comigo quando quiser”, disse Trump em resposta à Raquel Krähenbühl, da TV Globo.
Trump também disse que as tarifas de 50% aplicadas a produtos brasileiros exportados aos EUA foram aplicadas porque "as pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada".
O presidente americano disse ainda que, apesar das divergências, "ama o povo do Brasil". Ele evitou antecipar qualquer medida: “Vamos ver o que acontece”, afirmou.
Taxação
Na quarta-feira, dia 30, Trump assinou a ordem que oficializa a tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil. O decreto começa a valer em 6 de agosto.
A lista de itens taxados inclui 694 exceções, como suco de laranja, aviões, castanha, minério de ferro, petróleo, carvão, óleos, madeira e celulose.
Aço e alumínio não constam na lista, porque já haviam sido taxados em 50% com origem de todos os países.
Por outro lado, café, cacau, carne e frutas devem ser tarifados. O decreto passa a valer a partir de 6 de agosto.