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COTIDIANO

Moradores questionam construção de galerias na obra da Ageu Medeiros em Tubarão

Galerias estão sendo instaladas no Campo da Madre. Associação de moradores teme risco de inundações e solicita reunião com prefeitura de Tubarão e engenheiros da Amurel para detalharem o projeto

Tubarão, 05/03/2025 07h36 | Atualizada em 05/03/2025 21h41 | Por: Redação Folha Regional
Divulgação/Folha Regional

“A Ageu Medeiros é um grande dique de contenção das cheias da margem direita do Rio Tubarão. Se construírem grandes comportas, elas podem trazer mais riscos do que benefícios. Queremos mais transparência sobre o que está sendo feito!” A afirmação é do presidente da Associação de Moradores da Madre, Tiago Dutra, o Tiago Gaulês.

Ele e um grupo de moradores da região da Madre, em Tubarão, estão preocupados com as galerias que estão sendo construídas em um trecho da Rodovia Ageu Medeiros, que liga Tubarão a Laguna.

Nos últimos dias, a Confer, empresa responsável pela execução da obra, contratada pelo Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Amurel (CIM-Amurel), iniciou a instalação de duas galerias no ponto de cota mais baixa no Campo da Madre, com o objetivo de extravasar possíveis alagamentos.

No entanto, os moradores estão preocupados com a eficiência e segurança dessas estruturas depois de terem sido afetados por enchentes em 2022 e 2023 com o rompimento de um dique na região.

“Estamos acompanhando a obra desde 2022. Já participamos de diversas reuniões com os engenheiros e desde o início questionamos sobre a instalação dessas comportas. Temos pequenas propriedades no entorno que movimentam milhões com a produção agropecuária e ainda estamos nos recuperando dos últimos alagamentos. As chuvas devem iniciar nos próximos meses e estamos preocupados com o que está sendo feito na obra”, comenta o presidente da associação.

Uma reunião foi feita entre os moradores, que se posicionaram contra a construção das comportas. Nesta segunda-feira, dia 3, as equipes da Confer executavam a instalação das aduelas quando foram abordados por moradores, que solicitaram a paralisação da obra até que fossem feitos os esclarecimentos.

“Os moradores são contra a instalação dessas comportas. Existem galerias a cerca de dois metros do buraco que foi aberto. São comportas automáticas de inox, que estão desativadas. Só precisaria refazer a cabeceira pelo lado de dentro. Estamos preocupados, porque, se ocorre uma emergência, é a comunidade que vai sofrer”, relata Tiago Gaulês.

Audiência com moradores

O vereador Rafael Gaspar Silvano, o Tchê, também é morador da região da Madre e é o vice-presidente da associação de moradores. Ele reforça a preocupação com a construção das galerias.

“Não somos técnicos, mas temos conhecimento na prática. Se o rio encher, qual a segurança que temos sem uma comporta ali? Queremos mais clareza sobre o que está sendo instalado na obra”, diz.

Diante da preocupação, o vereador deve procurar o prefeito Estêner Soratto para solicitar uma audiência pública na comunidade com a participação das autoridades envolvidas para que seja apresentado o projeto.

O que diz o CIM-Amurel

Hélio Alberton Junior, prefeito de Grão-Pará e presidente do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Amurel (CIM-Amurel), esclareceu à Folha Regional que a construção das galerias sempre esteve no projeto desde 2022 e que até então não havia questionamentos sobre a obra.

Ele explica que estão sendo instaladas duas galerias com aduelas de 2 x 2 metros no ponto de cota mais baixa, no Campo da Madre. “Assim como em todas as rodovias, onde são considerados pontos de captação e condução das águas correntes para os corpos hídricos, foi previsto no projeto o mesmo conceito, com o objetivo de extravasar essas águas do campo. Essas galerias não ficarão abertas. Lembrando que existe lá o Rio da Madre, que pode causar extravasamento”, comenta o presidente.

Quanto ao questionamento dos moradores, o presidente do CIM-Amurel afirma que não compete ao consórcio a realização de audiência pública, pois a obra já foi discutida e quem define suas necessidades são as prefeituras.

“Estamos em três entidades, com técnicos responsáveis, de forma direta: Confer (empresa executora), Iguatemi (empresa fiscal) e CIM-Amurel (gestora do contrato), tendo ainda duas de forma indireta, que são as prefeituras de Tubarão e Laguna. Todos temos nossas responsabilidades e cuidado com a obra. As Defesas Civis de Tubarão e Laguna já intervieram na obra sobre ponte de madeira e outros assuntos que nem eram nossa atuação. Isso mostra que estão acompanhando a obra e seu andamento”, diz.

Alberton Junior complementa que as galerias estão sendo construídas e devem ser concluídas em algumas semanas. “Se a Defesa Civil ou qualquer secretaria das prefeituras se manifestarem, estaremos à disposição para prestar os esclarecimentos”, afirma.

Rodovia Ageu Medeiros

O projeto de pavimentação e demais obras complementares da Rodovia Ageu Medeiros são o maior entre os demais projetos sob a responsabilidade do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Amurel (CIM-Amurel). Ao todo são 24 quilômetros de extensão (11 km em Tubarão e 13 km em Laguna).

O investimento do governo do Estado é de R$ 84,5 milhões. O acesso vai criar uma alternativa segura à BR-101, dando continuidade ao projeto de integração entre Laguna, região do Farol, Capivari de Baixo e Tubarão, além de ser uma obra importante para a consolidação do Projeto Serra Mar.

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