Dos 10 municípios brasileiros com a menor taxa de analfabetismo, quatro são catarinenses
Santa Catarina tem a menor taxa de analfabetismo do país entre pessoas de 15 ou mais: apenas 2,67% não sabem ler ou escrever. A taxa de analfabetismo do Estado é a menor entre todas as unidades da federação do país.
No Brasil, o índice ficou em 7%, com 11,4 milhões de pessoas analfabetas. Os números foram revelados nesta sexta-feira, dia 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e são referentes ao Censo de 2022.
Dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros, São João do Oeste é a cidade com a menor taxa de analfabetismo do país. O município do Extremo Oeste catarinense teve uma taxa de menos de 1% em 2022.
Dos 10 municípios brasileiros com a menor taxa de analfabetismo, quatro são catarinenses. Entre eles, destaca-se Rio Fortuna, da região da Amurel, classificado na terceira posição com taxa de analfabetismo de 1,2%.
Florianópolis é o 10º município brasileiro com menor taxa de analfabetismo e é a Capital com a menor proporção de pessoas de 15 anos ou mais que não sabiam ler e escrever.
Comparada ao Censo 2010, a taxa de analfabetismo em SC sofreu queda de 1,7 ponto percentual. Há 12 anos, eram 4,1% das pessoas com 15 anos ou mais, que não sabiam ler ou escrever. Em números absolutos, a redução foi de 37.266 pessoas analfabetas no período.
“Estar alfabetizado é ter dignidade. É uma porta aberta pra acessar mais conhecimento, mais informação, ter autonomia. Em Santa Catarina a gente investe na educação de qualidade da base ao ensino superior. Pra formar cidadãos integrais, pra que possam ir atrás dos seus sonhos, ter uma profissão, pra que acessem um emprego”, disse o governador Jorginho Mello.
A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) celebra o resultado catarinense, que evidencia um progresso significativo na área de educação e desenvolvimento humano. Segundo o secretário do Planejamento, Edgard Usuy, a alfabetização está ligada ao desenvolvimento socioeconômico do estado. “Crianças que crescem em ambientes onde os adultos são alfabetizados têm melhores desempenhos escolares, melhores oportunidades no mercado de trabalho, o que perpetua um ciclo virtuoso de desenvolvimento educacional e socioeconômico. Hoje vemos que em Santa Catarina, a taxa de alfabetização além de ser a maior do Brasil é também maior que a média da OCDE, o que vai nos propiciar um futuro com mais inovação, mais empregos, maior produtividade e, assim, maior rendimento para as famílias catarinenses.”
Estatísticas
Em todas as classes de tamanho, os cinco municípios com menor taxa de analfabetismo são da Região Sul ou de São Paulo. Na faixa de até 10 mil habitantes os destaques são: São Joao do Oeste/SC (0,9%), Westfália/RS (1,1%), Rio Fortuna/SC (1,2%), Águas de São Pedro/SP (1,2%) e São Vendelino/RS (1,3%). Entre os municípios acima de 500 mil habitantes destacam-se Florianópolis/SC (1,4%), Curitiba/PR (1,5%), Joinville/SC (1,6%), Porto Alegre/RS (1,7%) e Santo André/SP (2,0%).
Já as maiores taxas de analfabetismo foram encontradas na Região Nordeste, que reuniu 22 dos 25 municípios selecionados. As maiores taxas estão nas classes de até 10 mil habitantes, todos do Piauí - Floresta do Piauí (34,7%), Aroeiras do Itaim (34,6%), Massape do Piauí (34,3%), Paquetá do Piauí (34,3%) e Padre Marcos (34,0%); e na faixa de 10 mil a 50 mil habitantes – Alto Alegre/RR (36,8%), Estrela de Alagoas/Al (34,2%), Traipu/AL (32,7%), Pedro Alexandre/BA (31,9%) e Amajari/RR (31,8%).