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COTIDIANO

Salário mínimo sobe para R$ 1.621 em 2026 e acende alerta sobre impacto fiscal

Governo confirma aumento de 6,79% a partir de janeiro, impulsionado pela inflação e pelo PIB de 2024

10/12/2025 11h59 | Atualizada em 11/12/2025 07h05 | Por: Narciso Barone- Redação SIte On

O Salário mínimo 2026 será de R$ 1.621, confirmou nesta quarta-feira (10) o Ministério do Planejamento e Orçamento. O valor representa um aumento de R$ 103 em relação aos atuais R$ 1.518 e passa a valer a partir de janeiro, refletindo no pagamento recebido pelos trabalhadores em fevereiro.

O reajuste total será de 6,79%, percentual que resulta da soma de dois índices previstos na política de valorização do salário mínimo:

Inflação medida pelo INPC (4,4% entre dezembro de 2023 e novembro de 2024);

Crescimento real do PIB, limitado a 2,5%, conforme regra aprovada no novo arcabouço fiscal.

A estimativa já havia sido antecipada em reportagem do g1 e agora é oficialmente confirmada pelo governo.

Quem é impactado pelo aumento

De acordo com nota técnica do Dieese, o salário mínimo serve como referência para 59,9 milhões de pessoas no Brasil, incluindo:

trabalhadores que ganham o piso nacional;

aposentados e pensionistas;

beneficiários do BPC;

pessoas que recebem seguro-desemprego e abono salarial.

Além disso, o piso influencia indiretamente toda a estrutura salarial do país, elevando o poder de compra de boa parte da população.

Impacto fiscal: R$ 43,2 bilhões a mais em despesas

A elevação do salário mínimo provoca aumento automático nos gastos do governo, já que nenhum benefício previdenciário pode ser inferior ao piso nacional.

Segundo cálculos oficiais, cada R$ 1 de aumento gera cerca de R$ 420 milhões em despesas. Com o acréscimo de R$ 103 previsto para 2026, o impacto estimado é de R$ 43,2 bilhões nas contas públicas.

Esse aumento pressiona o orçamento federal e reduz a margem para gastos discricionários — recursos usados em políticas públicas, investimentos e custeio da máquina. Há economistas que defendem que benefícios previdenciários deveriam deixar de ser vinculados ao salário mínimo, voltando a ser corrigidos apenas pela inflação.

Mulheres continuam tendo filhos mais tarde

Os dados também refletem transformações sociais importantes. O IBGE aponta que as mulheres brasileiras têm filhos cada vez mais tarde, o que impacta o mercado de trabalho, a estrutura familiar e projeções demográficas. Essa tendência reforça debates sobre políticas públicas voltadas à primeira infância, creches e inclusão produtiva feminina.

Salário mínimo ideal seria de R$ 7.067, diz Dieese

Apesar do aumento, o Dieese calcula que, para garantir condições dignas de vida para uma família de quatro pessoas, o salário mínimo necessário em novembro deveria ter sido de R$ 7.067,18 — 4,66 vezes o valor atual.

Esse cálculo segue o que a Constituição determina: o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas com alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação, transporte e lazer.

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