Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Tubarão
15 °C
3 °C
Fechar [x]
Tubarão
15 °C
3 °C
COTIDIANO

TikTok sai do ar nos Estados Unidos após lei e decisão da Justiça

Suspensão tem como base uma lei federal que exige a venda da operação da plataforma no país e ocorre em meio à polêmicas sobre supostas coletas de dados confidenciais de americanos

19/01/2025 12h45 | Por: Redação Folha Regional | Fonte: BBC

O TikTok saiu do ar nos Estados Unidos, horas antes de entrar em vigor uma nova lei que bane a plataforma no país, onde tem mais de 170 milhões de usuários.

A medida ocorre após a Suprema Corte dos EUA ter decidido, na sexta-feira, dia 17, manter uma lei que determinava a interrupção da rede social chinesa caso a operação americana não fosse vendida a uma empresa local.

A ByteDance, empresa dona do aplicativo, sempre disse não ter intenção de vender sua operação no país.

A legislação foi aprovada no Congresso americano sob argumento de "resguardar a segurança nacional" e prevenir que uma empresa com origem em outro país pudesse coletar grandes volumes de dados de dezenas de milhões de americanos. Mas é possível que o banimento do TikTok dure apenas um dia. É que o presidente eleito Donald Trump afirmou no sábado, dia 18, que "muito provavelmente" dará à rede social um prazo de 90 dias para encontrar uma solução.

Trump, que toma posse e volta à Casa Branca na segunda-feira, dia 20, disse em entrevistas a emissoras americanas que um anúncio sobre o assunto provavelmente será feito logo após ele assumir o cargo.

"Bem, eu tenho o direito, como você sabe, sou eu quem vai tomar as decisões," ele disse à rede ABC. "Muito provavelmente, vou estender por 90 dias [...] Vou fazer isso até resolvermos algo."

Havia especulações de que, com a proibição entrando em vigor neste domingo, o app não deixaria instantaneamente de funcionar no país, mas não poderia ser mais atualizado — o que faria com que o serviço se tornasse obsoleto com o tempo.

O TikTok parecia, contudo, estar preparado para uma ação muito mais decisiva, dizendo que será forçado a "sair do ar", a não ser que o presidente americano, Joe Biden, suspendesse a aplicação da lei.

O atual governo americano tinha dito, entretanto, que a decisão cabia à nova administração.

Na mensagem mostrada para os usuários que tentaram abrir o TikTok nos Estados Unidos neste domingo, dia 20, a plataforma informa sobre a indisponibilidade devido a uma lei do país e afirma que Donald Trump indicou que trabalharia numa solução para o impasse.

Disputa judicial

Os juízes da Suprema Corte dos EUA apoiaram uma decisão de primeira instância que considerou constitucional a lei que restringe o acesso ao TikTok caso o aplicativo não fosse vendido no país.

A decisão estabelece que as proteções à liberdade de expressão contidas na Primeira Emenda da Constituição americana, argumento usado no recurso da ByteDance, não impedem que o TikTok seja banido.

A opinião da Corte foi limitada — os juízes reconheceram a pressão de tempo para emitir a decisão — e evitou outras questões complexas, como se as preocupações sobre a influência chinesa no algoritmo do TikTok justificavam que ele fosse banido.

A decisão da Suprema Corte na sexta esgotou o último recurso legal que o TikTok tinha para evitar que a proibição entrasse em vigor.

Trump já havia sinalizado que gostaria de achar uma solução política para o caso.

Na sexta, ele disse que conversou com o presidente da China, Xi Jinping, e discutiu o TikTok, entre outras questões.

O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, é esperado entre os executivos de tecnologia na posse de Trump na segunda-feira.

Autoridades de segurança nacional dos EUA alertaram que espiões chineses poderiam usar a coleta de dados do aplicativo para rastrear funcionários federais e contratados americanos, algo que o TikTok sempre negou.

O Departamento de Justiça declarou que a decisão da Suprema Corte permite que o departamento "impeça o governo chinês de usar o TikTok como uma arma para minar a segurança nacional dos Estados Unidos".

"Regimes autoritários não devem ter acesso irrestrito aos dados sensíveis de milhões de americanos", afirma o procurador-geral Merrick Garland.

Na sexta-feira, a embaixada chinesa em Washington acusou os EUA de reprimir injustamente o TikTok: "A China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente seus direitos e interesses legítimos", disse um porta-voz.

O TikTok negou em diversas ocasiões qualquer influência do Partido Comunista Chinês na rede social. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Folha Regional

Avenida Marcolino Martins Cabral, 926, sala 1006, Centro | Edifício EJB | Tubarão (SC) | WhatsApp (48) 9 9219-5772
 

Folha Regional © Todos os direitos reservados.
Demand Tecnologia
WhatsApp

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Ok, entendi!