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COTIDIANO

Vacina contra a dengue do Butantan é aprovada pela Anvisa: o que muda para o Brasil

Nova vacina contra a dengue do Butantan recebe registro da Anvisa e será distribuída exclusivamente pelo SUS

Santa Catarina, 09/12/2025 12h11 | Atualizada em 09/12/2025 21h48 | Por: Narciso Barone- Redação SIte On
Foto: freepik

A vacina contra a dengue do Butantan ganhou registro oficial da Anvisa nesta segunda-feira (8/12), marcando um dos avanços mais significativos no combate à doença no Brasil. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União e permite que o imunizante seja produzido em escala e disponibilizado exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Um marco para o enfrentamento da dengue no país

A aprovação representa mais do que um procedimento regulatório concluído. Ela simboliza uma nova fase no enfrentamento da dengue, que continua sendo um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil. Segundo a Anvisa, o imunizante passou por todas as etapas de análise técnica e regulatória previstas na legislação sanitária — um processo rigoroso que garante que a vacina atende aos padrões de segurança, eficácia e qualidade exigidos.

Vacina tetravalente e de dose única

Um dos pontos que mais chamam a atenção nessa nova vacina é o fato de ela ser tetravalente, ou seja, desenvolvida para proteger contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. Isso é fundamental, já que infecções repetidas por sorotipos diferentes podem aumentar o risco de formas graves da doença.

Outro diferencial importante é a aplicação em dose única, o que facilita os esquemas de vacinação e amplia o alcance da imunização, especialmente em regiões com maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Além disso, esta é a primeira vacina contra a dengue produzida por um laboratório nacional, reforçando a autonomia científica e tecnológica do país.

Monitoramento e continuidade dos estudos

Mesmo com o registro aprovado, o Instituto Butantan continuará conduzindo estudos complementares para ampliar os dados de eficácia e segurança. A Anvisa também exige o monitoramento ativo da vacina após o início de sua distribuição, acompanhando como ela se comporta na população em geral.

Essa etapa não significa dúvidas sobre o imunizante, mas faz parte de um protocolo mundial para novos produtos de saúde. Quanto mais dados coletados, mais precisas serão as futuras atualizações e possíveis ampliações de uso.

Tecnologia utilizada e faixa etária

A vacina utiliza a tecnologia de vírus vivo atenuado, já amplamente reconhecida e empregada em outras vacinas utilizadas no Brasil e no mundo. Essa técnica enfraquece o vírus para que ele estimule o sistema imunológico sem causar a doença.

A indicação aprovada pela Anvisa é para pessoas de 12 a 59 anos, faixa etária com grande circulação e risco de transmissão. Dependendo dos resultados dos estudos em andamento, a recomendação pode ser ampliada futuramente para outras idades.

O que esperar daqui para frente

Com o registro autorizado, o Brasil se prepara para iniciar uma nova etapa na prevenção da dengue — doença que, ano após ano, registra altos índices de casos e coloca pressão sobre o sistema público de saúde. A chegada de uma vacina nacional, segura e de dose única promete auxiliar significativamente na redução da circulação viral e das formas graves da doença.

Agora, cabe ao Ministério da Saúde definir o cronograma de distribuição e a estratégia de vacinação dentro do SUS.

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