Tubarão viveu nesta quinta-feira, dia 21, uma noite em que as letras e a cultura foram as protagonistas. O renomado médico dr. José Warmuth Teixeira, aos 90 anos de idade, recebeu amigos e admiradores para o lançamento de seus três novos livros. O evento ocorreu nas dependências do Museu Ferroviário – um lugar que faz parte da história do próprio escritor.

Os três livros foram editados pelo jornalista JB Guedes, que, entre outras atividades, brinda os leitores da Folha Regional com suas charges semanais. Uma das obras – “Memórias de uma infância feliz” – conta também com as ilustrações do próprio JB Guedes.

Neste livro o autor, que mais tarde se tornaria o primeiro anestesista de Tubarão, conta momentos de sua infância no subúrbio do Rio de Janeiro. “Era uma infância pobre, mas feliz, porque a gente morava em um sítio e estava em contato com muita coisa da natureza”, relembra.

Outro livro lançado nesta quinta-feira é uma festa para os olhos, com sua coleção de fotos de flores e plantas mundo afora. “Flores que enfeitam nosso planeta” reúne fotografias feitas por dr. Warmuth da flora de 25 países dos 70 que visitou com a esposa, Maria Marlen, já falecida.

A noite de autógrafos teve também o lançamento do livro sobre o Museu Ferroviário de Tubarão, em edição bilíngue com as versões em português e inglês, para atender o público estrangeiro que visita o local mas desconhece o nosso idioma.  

Museu Ferroviário e planos de novos livros

Dr. Warmuth e o Museu Ferroviário têm uma ligação estreita. Afinal, foi o próprio médico o idealizador do projeto, responsável por manter viva a memória das ferrovias ao longo do tempo. “Temos aqui um tesouro”, orgulha-se o médico e escritor.

Ele conta que por 15 anos foi o médico do trabalho da Ferrovia Tereza Cristina, sobre a qual é também autor de um livro, lançado ano passado, o “Ferrovia Tereza Cristina: ontem & hoje”. Foi nesse período que a empresa decidiu trocar as locomotivas a vapor pelas a diesel-elétricas.

Diante de um material tão valioso que estava sendo aposentado, dr. Warmuth teve a ideia de criar o museu, no bairro de Oficinas, para preservar a história das locomotivas em um destes galpões da FTC. Outras locomotivas foram sendo adquiridas, e hoje somam um valioso e raro acervo com cerca de 20 exemplares.

Nascido no Rio de Janeiro em 1933, onde se formou em medicina, Warmuth estava por volta dos 63 anos quando começou a se aventurar na escrita. Não parou mais. Além dos três recém-lançados, já são 15 títulos publicados e uma coluna no jornal Diário do Sul, no qual, em fevereiro, atingiu a marca das mil edições. E o escritor ainda tem outros planos: ele pretende lançar um novo livro para o público infantil.