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SAÚDE E BEM ESTAR

Reencontro emocionante entre mãe e filha após internação na UTI traz alerta para Síndrome de Hellp

Rosana deu à luz no hospital de Tubarão e só pode reencontrar sua filha recém-nascida três dias após o parto

Tubarão , 24/04/2025 11h47 | Por: Redação Folha Regional
HNSC/Divulgação/Folha Regional

A Síndrome de Hellp, uma forma grave da pré-eclâmpsia, ganhou visibilidade nacional em 2025, quando a cantora Lexa revelou ter enfrentado essa condição durante a gestação.

A complicação, infelizmente, levou à perda de sua filha recém-nascida, uma dor profunda que comoveu o país e expôs a gravidade da síndrome. O caso de Rosana, que conseguiu se recuperar e reencontrar sua filha após três dias na UTI, mostra que com diagnóstico precoce e atendimento rápido, é possível mudar o desfecho.

​Foram três dias de espera, esperança e luta. No dia 16 de abril, às 9h da manhã, Rosana Santarem Fontoura, de 36 anos, deu à luz no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, a pequena Ayla, em uma cesariana de 39 semanas.

Aquele encontro esperado entre mãe e filha foi muito rápido, pois logo após o parto, Rosana apresentou um quadro de Síndrome de Hellp, uma complicação rara e perigosa da gestação, e precisou ser levada com urgência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Enquanto Rosana lutava para se recuperar, Ayla ficou sob os cuidados da equipe médica, de enfermagem e da avó, no quarto da maternidade. Para manter o vínculo com a mãe, ela era levada somente para ser amamentada na Unidade Intensiva.

O reencontro esperando entre elas aconteceu somente três dias depois, onde Rosana pôde segurar Ayla em seus braços e curtir o momento mais esperado de Ser Mãe. Emoção, alívio e amor marcaram esse instante que será lembrado para sempre. A cena tocante de mãe e filha se reencontrando depois da batalha pela vida é um lembrete da força da maternidade e da importância do cuidado.

O caso de Rosana teve um final feliz, mas mostra como situações inesperadas podem acontecer mesmo em gestações aparentemente tranquilas. Graças ao diagnóstico ágil e ao cuidado intensivo, mãe e filha hoje estão bem, iniciando juntas uma nova jornada de vida. Inclusive a paciente teve alta nesta quarta-feira, dia 23. Agora, com a pequena em seus braços, Rosana inicia um novo capítulo — com ainda mais força e gratidão pela vida.

Contato pele a pele garantiu conexão entre mãe e filha mesmo na UTI

Mesmo diante da gravidade do quadro clínico de Rosana, acompanhada pelo ginecologista e obstetra dr. Saron Calegari, a equipe adotou medidas sensíveis para preservar o vínculo entre mãe e filha. Assim que Ayla nasceu, foi imediatamente colocada para o contato pele a pele com a mãe, mesmo antes da internação na UTI.

O cuidado continuou no ambiente da Unidade de Terapia Intensiva adulto, onde a recém-nascida era levada para ser amamentada diretamente no colo da mãe. Esse gesto, além de garantir o aleitamento materno, fortaleceu o elo afetivo entre as duas em meio à instabilidade do momento. Somente após esse contato crucial, Ayla retornava ao quarto da maternidade, onde permanecia sob os cuidados da equipe de enfermagem, dos médicos e da avó materna.

A cada mamada, Ayla era novamente levada até a UTI, numa rotina delicada, porém repleta de afeto e compromisso com o bem-estar físico e emocional da mãe e da filha. Esse cuidado humanizado foi essencial para garantir que, mesmo separados por circunstâncias médicas, o amor e a conexão entre Rosana e Ayla jamais fossem interrompidos.

​Entenda melhor: o que é a Síndrome de Hellp e quais os cuidados necessários

A síndrome Hellp é considerada uma forma grave de pré-eclâmpsia (muitas vezes chamada de "pré-eclâmpsia atípica"), caracterizada pela hemólise (H), também expressa como anemia hemolítica microangiopática, enzimas hepáticas elevadas (EHE) e plaquetopenia.

Segundo a médica obstetra, dra Carla Favaro Lemos, a pré-eclâmpsia é uma complicação grave da gestação caracterizada por hipertensão arterial e sinais de disfunção de órgãos, especialmente após a 20ª semana de gestação. É uma das principais causas de morbimortalidade materna e perinatal, e pode evoluir para quadros graves como eclâmpsia, síndrome Hellp e descolamento prematuro de placenta. A hipertensão crônica, diabetes mellitus e obesidade são alguns dos fatores de risco. “Os sinais mais comuns são o aumento de pressão arterial, alterações visuais e dor na boca do estômago - a epigastralgia", ressalta.

Não há uma forma garantida de preveni-la, mas o pré-natal regular é a melhor forma de monitorar riscos e agir com rapidez diante de qualquer alteração. Alguns cuidados importantes: realizar todos os exames de rotina, inclusive de sangue e urina; controlar a pressão arterial ao longo da gestação; comunicar qualquer sintoma incomum, mesmo que pareça “normal" na gravidez; manter alimentação equilibrada e acompanhamento multidisciplinar.

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