As investigações apontam para a suspeita de fraudes em contratos relacionados à construção civil.
A Polícia Civil indiciou o prefeito de Garopaba, Júnior de Abreu Bento (Progressistas) por corrupção durante a Operação Maestro. O inquérito foi finalizado na última sexta-feira, 27, e, além do político, outras 16 pessoas foram indiciadas.
No documento assinado pelo delegado Ricardo Kelleter Neto, da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), Júnior é apontado como suspeito de chefiar o esquema criminoso. As investigações apontam para a suspeita de fraudes em contratos relacionados à construção civil.
Entre os crimes imputados ao político estão: falsidade ideológica, desvios de bens públicos, fraude na fiscalização tributária, inserção de dados falsos em sistema público, supressão ou redução de tributo mediante fraude e participação de organização criminosa.
No relatório, o delegado afirma que havia uma "organização criminosa institucionalizada no Poder Executivo Municipal de Garopaba que, devido a isto, conta com os investigados investidos em cargos públicos, tendo o poder de se valerem da estrutura da administração para, então, manipularem os fatos e perseguirem os que os contrariam [...] Ou seja, se trata de uma estrutura criminosa muito mais perniciosa do que as tradicionais".
O esquema vai além do serviço público, tendo a participação de mais nove envolvidos de fora da prefeitura, incluindo empresários e "laranjas". A investigação apontou que dois empresários teriam cedido suas empresas para repassarem a verba para terceirizados ilegalmente.
A reportagem tentou contatar o advogado de defesa do prefeito Júnior de Abreu Bento, mas até o momento do fechamento desta reportagem, não houve retorno.