Cirurgião plástico de Florianópolis é sentenciado por lesão corporal grave após paciente sofrer queimaduras e necroses em cirurgia estética
 Médico é condenado a 5 anos de prisão após deformar corpo de paciente em SC - Foto: reprodução das redes sociais
							Médico é condenado a 5 anos de prisão após deformar corpo de paciente em SC - Foto: reprodução das redes sociais						O cirurgião plástico Marcelo Evandro dos Santos, de Florianópolis (SC), foi condenado a cinco anos de prisão em regime inicial semiaberto após complicações graves em um procedimento estético. A sentença, proferida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), reconheceu o crime de lesão corporal grave com deformidade permanente contra a paciente Letícia Mello.
Segundo o processo, Letícia sofreu queimaduras, bolhas, necroses e perda de tecido após passar por cirurgias realizadas pelo médico em 2024. A vítima chegou a ficar 11 dias internada na UTI e mais de dois meses hospitalizada, enfrentando sequelas físicas e emocionais graves.
Letícia procurou o cirurgião para realizar intervenções estéticas nas mamas e no abdômen, mas o procedimento resultou em danos severos. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Marcelo Evandro utilizava um método apelidado de “X-Tudo”, que consistia em realizar múltiplas cirurgias estéticas simultaneamente — prática que aumenta o risco de complicações graves.
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Após o caso vir a público, dezenas de mulheres relataram experiências semelhantes, com queixas de lesões e deformidades decorrentes dos procedimentos realizados pelo mesmo médico. O Procon de Santa Catarina recebeu ao menos 20 denúncias formais contra o cirurgião.
A condenação de Marcelo Evandro dos Santos marca um dos casos mais emblemáticos envolvendo cirurgias estéticas no estado. A defesa de Letícia Mello confirmou a decisão judicial, enquanto a defesa do médico ainda não se manifestou oficialmente.
A CNN Brasil, que revelou detalhes do caso, informou que segue tentando contato com o advogado do cirurgião, deixando o espaço aberto para manifestação.
O episódio reacende o debate sobre a fiscalização de clínicas estéticas e os riscos de procedimentos múltiplos realizados sem o devido acompanhamento hospitalar.