Meus caríssimos leitores, ao abrir a coluna muitos não vão entender o que aconteceu na partida que eliminou o Leão do Sul. Muitos irão dizer que o Hercílio Luz amarelou - gíria usada quando, na Hora H, acontece alguma falha. No meu script, não constava neste lindo roteiro uma derrota por 2 a 0, mesmo tendo vencido fora de casa pelo mesmo placar, e para piorar a situação, eliminado nas cobranças de penalidades. A terceira eliminação no ano foi a mais doída. A primeira foi contra o Criciúma, com gol sofrido após os trinta do segundo tempo. Na Série D, o gol sofrido do empate, nos acréscimos. Mas no domingo assistimos a um Hercílio Luz em campo irreconhecível. Só me resta uma palavra, dura para a torcida colorada: decepção.
Mea-culpa assumido
Será que o domingo pode ter sido a última partida do técnico Raul Cabral? Pode ser que sim, pode ser que não. Essa dúvida foi deixada pelo treinador na coletiva, quando indagado pelo repórter Caio Maximiano. O treinador deixou claro que a decisão fica por conta dos gestores da SAF. Penso que o momento não é para tocar nesse assunto. É refrescar a cabeça e, daqui a uns dias, sentar e conversar sobre o futuro. Raul tem contrato vigente até o fim de 2024. Apontar erros e culpados neste momento é altamente leviano. Raul Cabral chamou para si a responsabilidade e assumiu o mea-culpa pela eliminação. Quanto ao resto, quem foi ao estádio viu o que aconteceu. Para quem não foi eu replico. Sabe aquele dia que deu tudo errado? Domingo foi um dia daqueles. O resto, os números provam isso.
A culpa é sempre da imprensa
Quando o time do coração não vai bem a culpa será sempre da imprensa. Pode ser em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte. Pura ignorância do torcedor. Mas na nossa cidade, onde todo mundo se conhece, ficar xingando um profissional da imprensa é o fim da picada. Fica a minha solidariedade com o nosso colega e profissional do mais alto gabarito Marcus Vinicius, repórter da Rádio Cidade. A opinião é algo que o profissional, ao empunhar o microfone, tem que ter. Goste fulano, sicrano e beltrano ou não, mas tem que respeitar. Não gostou? Acione o gestor dele na empresa, mas não no campo de futebol. Gostaria muito que o distinto torcedor optasse pela linha “Dura” que seu pai segue na nossa imprensa. No domingo a culpa não foi do Marcus Vinicius. Cabe um pedido de desculpas formal ao profissional.
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