Pelo menos duas chapas estarão concorrendo nas eleições para a nova gestão do futsal de Santa Catarina, que deverão ocorrer no mês de dezembro. A chapa da situação, comandada pelo atual presidente, Marcio Leandro D’Ávila, terá como oponente o professor de educação física e treinador Nelson Carvalho Neto. Conhecido por Nelsinho, ele anunciou a candidatura nas redes sociais no último dia 20, tendo como candidato a vice-presidente o gestor público André Luiz Dalpiaz. O mandato é de quatro anos, iniciando em 1º de janeiro. Uma das promessas da atual gestão era dar transparência à entidade, fazendo uma varredura nas contas e contratos da entidade, uma verdadeira caça às bruxas, fato que não aconteceu. A entidade possui dívidas de gestões anteriores que superam a casa dos R$ 5 milhões, e as suas duas salas comerciais, no Centro de Florianópolis, foram fechadas, com a entidade usando uma sala nas dependências da Fesporte, também na capital.
Entidade tem que ser atuante
O nosso futsal precisa ter mais presença da entidade. É nítida a divisão do Estado após a criação da Liga Catarinense, agregando clubes desde a região central até o oeste. Nítida também a falta de participação da entidade nessas regiões. No Rio Grande do Sul e Paraná temos três divisões: séries ouro, prata e bronze. No RS tanto a Liga Gaúcha quanto a Federação convivem harmoniosamente, mas em Santa Catarina isso não aconteceu. Espero que a dupla Nelsinho e Dalpiaz consiga agregar essas ligas e clubes pelo Estado, buscando manter a unidade. E por que não unificar as competições, criando uma fase decisiva? Atualmente temos seis clubes disputando a Liga Nacional, com um Campeonato Catarinense em que os clubes jogam nas datas que querem, e na maioria das vezes com presença mínima dos torcedores no ginásio e nas arenas, em horários pouco atrativos.
Inquérito civil contra FCFS
Sem poder fazer a gestão dos recursos da entidade, o atual presidente, Marcio Leandro D’Ávila, usa a Liga Atlética de Futsal, com sede em Florianópolis e filiada à entidade, para fazer a gestão financeira dos recursos da Federação Catarinense de Futsal (FCFS). O agravante é que a LAF é presidida pelo seu pai, João Augusto D’Ávila, e nos últimos quatro anos não fez a prestação de contas da liga, como previsto em lei. Em julho de 2022 foi instaurado Inquérito Civil para apurar possível recebimento indevido de recursos do município de Xaxim pela Federação Catarinense de Futebol de Salão, indiretamente, por meio de outro ente, a Liga Atlética de Futsal. Ademais, foi notificado o município de Xaxim para prestar informações se a Federação Catarinense de Futebol de Salão efetuou a devolução da quantia de R$ 16.300 para os cofres do município. O processo segue tramitando na 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Xanxerê (número do MP: 06.2022.00004892-2 - IC - Inquérito Civil).
Posição da ADFT
Em rápida conversa sobre as eleições da Federação Catarinense de Futsal, o presidente da ADFT, Eduardo Rigotti, preferiu não se manifestar neste momento, pois é assunto que precisa ser amplamente discutido pela diretoria. Espero que esse apoio ou não para a atual gestão não interfira nos resultados em quadra do Tubarão nos próximos jogos, tanto na Série Ouro quanto nas categorias sub 13 e 17, que seguem na disputa das fases finais.
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