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COLUNISTAS

O bem venceu o mal  

02/05/2023 19h58 | Atualizada em 02/05/2023 19h58 | Por: Eduardo Ventura

O título é sugestivo logo pela situação criada na formatação de uma competição que atenderia municípios da região dos lagos, que não tem participação em competições regionais, neste caso o regional do Instituto Adesc. A competição criada pela Fair Play tem como intenção aproximar esses municípios. Foi atrás dos clubes e empresas para dar condições à realização do evento, e, por sugestão, com a inclusão de meninas para jogarem junto com os meninos. Bom, a história todos sabem. Mas, para quem não acompanhou o caso, e o lê pela primeira vez, o gestor esportivo de Paulo Lopes não aceitou. Citou a presença das meninas na competição mista como “aberração”, excluindo a sua equipe da competição. Atleta do Ceff/Ases/Insfut, Luiza jogou, fez novas amizades e encorajou pais a estimularem suas filhas para jogar também futsal e futebol de campo, pois não existe aberração quando se faz o trabalho de iniciação esportiva com seriedade, pois o treinador, além de profissional exemplar, é o pai da Luiza, e o lema do Centro de Formação é “Deixem as crianças brincarem”.

De laço e com talento nos pés

Ao entrar em quadra, Luiza foi aplaudida por todos os atletas em quadra e pelos professores e mostrou que, com apoio, ela pode ir mais longe. Em quadra, deu passes, recebeu e ajudou a conquistar a vitória pelo placar de 8 a 0. O resultado em quadra, neste momento, pouco importa, pois a Luiza venceu o mal e colocou o seu nome na história, aos 7 anos, jogando numa equipe sub-10, em que o mais velho tinha 9 anos. Fez o que mais gosta: competir jogando futsal.

Incentivo do saudoso Maccari

Aos 4 anos, através de uma bolsa doada pelo saudoso Edson Maccari, iniciava ali na Escolinha Maccari Footbal Center o contato com o esporte, no futebol de campo. Além do pai, a mãe Greice Teixeira sempre a acompanha. Aos 6, ingressou no centro de formação, do qual o pai é coordenador e professor. Aplicada aos treinos, faz as atividades juntos aos meninos sem discriminação. E no último sábado Luiza participou pela primeira vez de uma competição valendo três pontos, de laço no cabelo, como capitã da equipe.

Exemplo vem de casa

A soberba e a ignorância não podem fazer parte jamais de um profissional que se prepara para ser educador físico, ainda mais quem trabalha na iniciação esportiva. Tenho o professor Leonardo Aguiar como o avesso disso. Quando militar no Exército brasileiro, serviu na linha de frente enviada pelo governo brasileiro para ajudar a reconstruir o Haiti. Em janeiro de 2010, um terremoto matou mais de 200 mil pessoas, incluindo a catarinense Zilda Arns, no país mais pobre das Américas. Léo é o pai da Luiza, nascida em 2016.

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