“Uma boa iluminação levanta uma arquitetura medíocre, e uma iluminação ruim acaba com o melhor projeto.” - Oscar Niemeyer 

Com a famosa frase de Oscar Niemeyer, que destaca o quanto a iluminação é importante na arquitetura, iniciamos a coluna da semana. 

Quando estamos construindo ou reformando, costumamos nos preocupar com muitas coisas, como o layout, os móveis, os materiais de acabamento e os detalhes decorativos. Porém, é bem comum a iluminação ser esquecida.  

Um bom projeto de iluminação pode valorizar todos esses elementos, mas se não for feito de forma correta, pode prejudicar todo o resultado final. É importante entender que a iluminação não é a mesma para todos os lugares. Ela precisa ser adaptada para cada ambiente, para as pessoas que vão usar esse espaço e para a quantidade de luz natural que entra nele. 

Vamos começar falando sobre a cor da luz. Existem dois tipos: a luz quente e a luz fria. A cor da luz é medida em Kelvin (K). Quanto mais alta for essa medida, mais azulada será a luz; quanto mais baixa for, mais amarelada ela será.

Essa escolha influencia muito nas sensações que o ambiente passa. Com o passar dos anos a cozinha deixou de ser apenas uma área de serviço e se tornou um lugar importante na vida da família. Isso também aconteceu com as lavanderias. Esses ambientes que antes eram considerados de serviço agora fazem parte da casa de forma mais integrada. Com essa mudança, surge a dúvida de como iluminar esses espaços integrados. 

Muitas pessoas acham que as cozinhas e lavanderias devem ser iluminadas com luz fria para deixar o ambiente mais claro. Mas na verdade o que realmente importa para tornar o espaço mais claro é a capacidade luminosa, medida em lúmens. Quanto maior for essa quantidade maior será a quantidade de luz emitida, não a temperatura da cor da luz em si.  

Em ambientes residenciais geralmente uso luzes quentes e, no máximo, luzes neutras, pois acredito que nosso lar é um lugar tão pessoal e acolhedor que não faria sentido usar luz fria, que normalmente é associada a sensações de alerta e concentração. Com o dimensionamento adequado da iluminação em cada ambiente, podemos manter a luz quente e ajustá-la de acordo com as necessidades específicas de iluminação de cada lugar. 

Aqui vão algumas dicas para você rever a iluminação da sua casa

- Aproveite ao máximo a luz natural durante o dia, mantendo as cortinas abertas e usando cores claras nas paredes e móveis para refletir a luz. 

- Para criar um ambiente acolhedor e relaxante, utilize luzes indiretas, como arandelas, luminárias de piso ou luminárias de teto com dimerizadores, que permitem ajustar a intensidade da luz. 

- Em áreas onde são realizadas tarefas específicas, como mesas de trabalho e bancadas de cozinha, é essencial ter iluminação direta e clara para facilitar as atividades. 

- Considere a altura do teto, as cores das paredes e o tamanho do espaço para escolher as luminárias, lembrando sempre que quanto mais escuros os tons do seu ambiente, menos eles irão refletir a luz, deixando o ambiente menos iluminado. 

- Combine diferentes tipos de iluminação, como luzes de teto, luminárias de parede, luminárias de mesa e de piso, para criar camadas de luz que atendam às diversas necessidades de iluminação em um ambiente e em todos os momentos do dia.

Não se esqueça de fazer o planejamento de iluminação para cada espaço, considerando as atividades realizadas e as sensações desejadas, antes de escolher as luminárias e lâmpadas que irão compor o seu ambiente. Conte comigo para esse apoio!

Nos vemos na próxima coluna! 

Acesse: @fernandafavarin.arquiteta