Nos últimos anos vimos o cinza e o preto dominarem o cenário da arquitetura, decoração e até dos eletrodomésticos, com sua estética minimalista e contemporânea. Essas cores, apesar de sofisticadas, são muitas vezes associadas a uma sensação de frieza e distância do natural.

Porém, estamos percebendo cada vez mais o retorno das paletas de cores mais quentes e orgânicas, que se conectam melhor com a natureza e nossas memórias afetivas.

Esse reaparecimento de cores vibrantes e naturais, como o azul suave, o amarelo mostarda e o verde oliva, resgata o charme dos anos passados, como as famosas geladeiras coloridas das casas de nossas avós.

Essas cores, que muitas vezes se perderam na busca por uma estética moderna e clean, trazem sensação de acolhimento e nos transportam para um tempo em que a vida parecia mais simples e conectada ao natural.

Além das cores, o uso de materiais como madeira, tijolos aparentes, pedra e fibras naturais reforça essa reconexão com o que é orgânico e humano. Esses elementos nos convidam a criar espaços mais calorosos e convidativos, ao contrário da frieza dos ambientes monocromáticos e industriais.

Essa tendência não apenas valoriza o que é tradicional, mas também promove estilo de vida mais sustentável, já que muitos desses materiais e cores remetem ao uso consciente dos recursos.

Ela também está alinhada com maior conscientização sobre o impacto ambiental da construção civil e da arquitetura de interiores. O uso de materiais naturais costuma estar associado à construção sustentável e ao design biofílico, algo que busca integrar a natureza nos espaços construídos, promovendo a saúde mental e física dos que ali vivem.

A volta às origens, que valoriza o que é simples, natural e atemporal, promete continuar ganhando força à medida que buscamos maneiras de viver em harmonia com o planeta e conosco mesmo. E como profissionais da área, temos o desafio e a oportunidade de transformar essa tendência em soluções inovadoras, que façam a diferença na vida das pessoas e no futuro das cidades.

E você o que pensa dessa “tendência”?