Sábado, 13 de setembro de 2025
Tubarão
23 °C
10 °C
Fechar [x]
Tubarão
23 °C
10 °C

COLUNISTAS

Quando o empreendedor paga a conta da disputa

22/07/2025 21h01 | Atualizada em 22/07/2025 21h02 | Por: Maurício Dobiez

A partir de 1º de agosto, entra em vigor nos Estados Unidos uma nova tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil como parte de um pacote mais amplo que inclui o mesmo percentual para o cobre e elevações graduais para outros países. 

Trata-se de um movimento com motivações políticas e econômicas, mas cujos reflexos são práticos — e custosos — para quem empreende no mundo real.

Leia mais: Taxação americana impacta exportações catarinenses de pescado

Empresários brasileiros que exportam para o mercado americano — de alimentos a autopeças, passando por aço, têxteis e tecnologia — sentirão de forma direta a perda de competitividade. 

Um produto que custava US$ 100 agora chega ao cliente americano por US$ 150. Nesse cenário, o concorrente de outro país (não atingido pela tarifa ou com menor alíquota) passa a ser mais atrativo, mesmo entregando qualidade inferior.

Essa mudança drástica exige ajustes urgentes. O exportador brasileiro que construiu presença no mercado dos EUA com esforço e constância agora precisa repensar preços, logística, canais de venda e até o portfólio. E tudo isso num ambiente em que o custo do frete, o câmbio e a política comercial americana mudam com velocidade.

Não se trata aqui de julgar se a medida é certa ou errada do ponto de vista geopolítico. O ponto é que, mais uma vez, a conta de decisões tomadas em altos gabinetes recai sobre quem produz, emprega e assume risco. O empresário — sobretudo o de médio porte — opera num tabuleiro onde as regras do jogo mudam sem aviso.

O que fazer?

• Mapear os produtos mais afetados e buscar alternativas de destino.

• Reavaliar contratos com distribuidores e tentar dividir os impactos da tarifa.

• Explorar acordos comerciais em blocos como Europa e América Latina.

• E, se possível, atuar institucionalmente — por meio de entidades de classe — para pressionar por respostas diplomáticas e medidas compensatórias.

Tarifas como essa funcionam como um imposto indireto sobre a produção brasileira. E nos lembram, mais uma vez, que em tempos de incerteza global quem não se adapta — quebra.

Folha Regional | Notícias 24h de Tubarão, Jaguaruna e região

Avenida Marcolino Martins Cabral, 926, sala 1006, Centro | Edifício EJB | Tubarão (SC) | WhatsApp (48) 9 9219-5772
 

Folha Regional | Notícias 24h de Tubarão, Jaguaruna e região © Todos os direitos reservados.
Demand Tecnologia
WhatsApp

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Ok, entendi!