Depois de rejeitadas duas denúncias com pedido de afastamento de Joares Ponticelli e Caio Tokarski, a pressão contra a dupla não deve parar por aí. Um grupo pretende apresentar nos próximos dias um novo pedido de afastamento, dessa vez embasado em outro artigo da Lei Orgânica. Até agora o que se questionava, mas já refutado pela Câmara, era o afastamento de Joares e Caio por período superior a 15 dias sem autorização do Legislativo. O argumento não colou, porque a maioria dos vereadores entende que a Câmara foi, sim, notificada pelo MP da prisão.
90 dias
O que se pretende agora é alegar o artigo 60, não mais o 61, da Lei Orgânica. Este artigo determina novas eleições 90 dias após a abertura das vagas no Executivo. Como ambos foram presos em 14 de fevereiro, o prazo começa a valer a partir deste domingo. Mas, se por ventura isso vier a ocorrer, teríamos eleição indireta na Câmara, pois a vacância estaria se dando nos dois últimos anos de mandato.
A vizinha Capivari
Era previsível a rejeição dos dois pedidos de impeachment, afinal o governo mantém maioria na casa. Além do mais, pesa o argumento de que Joares e Caio ainda não contam com sentença transitada em julgado. Ou seja, seguem como réus, sem condenação. Mas há o movimento de outras cidades, que pode causar alguma influência, como é o caso da vizinha Capivari de Baixo, onde, por unanimidade, os vereadores aprovaram abertura de processo de impeachment do prefeito, dr. Vicente Corrêa Costa.
CEI
O grupo que pretende apresentar o pedido de eleição indireta em Tubarão avalia o clima político, se há condições de isso ir adiante. Pressionada, a Câmara optou por uma estratégia menos arriscada que o processo de impeachment. Aprovou a instauração de uma Comissão Especial de Inquérito. Não se sabe quais serão as suas conclusões e encaminhamentos, mas é improvável que em 90 dias avance mais do que a Operação Mensageiro fez até agora. Esta comissão soa mais como uma saída para diminuir as cobranças e assim trazer a questão para o plenário, por enquanto só debatida com mais afinco depois das duas denúncias.
Dr. Vicente quer CPI
A Câmara de Capivari deveria levar a sério também o que disse o pai do prefeito, em áudio compartilhado a pedido do próprio Vicente. Que se faça uma CPI para investigar a Serrana no município, porque “já vem de longa data e ninguém indagava”, diz o pai do prefeito. Se o próprio chefe do Executivo está recomendando, não custa conferir.
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