Associação empresarial de Tubarão cobra medidas efetivas para a rodovia que ficou interrompida por mais de 10h após explosão de veículos
O bloqueio no trecho da BR-101, no Morro dos Cavalos, após um acidente com explosão de veículos trouxe à tona uma discussão recorrente sobre a construção de um túnel no trecho que liga o sul a outras regiões do Estado.
A Associação Empresarial de Tubarão (Acit) emitiu um manifesto nesta segunda-feira, dia 7, sobre a situação relembrando que inúmeras reuniões envolvendo lideranças políticas e empresariais já foram feitas para discutir a demanda. “Estamos novamente diante do mesmo problema: a interrupção do fluxo logístico neste trecho, comprometendo e impactando consideravelmente o setor produtivo e a comunidade. A pergunta é: até quando precisaremos esperar para que as providências sejam tomadas?”, cita a entidade em nota.
A Acit debate este assunto há anos buscando a resolução não só da questão do Morro dos Cavalos, mas também sobre as rotas alternativas.
“Realizamos reuniões com deputados, secretários de governo e diversas outras lideranças, porém, sem respostas claras e práticas. Não podemos mais ficar dependentes de um único acesso para as atividades vitais a toda a comunidade. É preciso ter respostas e resultados. Assim, mais uma vez, a Acit torna público seu posicionamento e manifesto, na expectativa de que este acidente embora não tenha resultado em vítimas fatais sirva como um alerta contundente para a adoção de medidas realmente efetivas”, reforça a entidade.
Situação do Morro dos Cavalos reflete omissão do governo federal, diz FIESC
O presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, também se manifestou nesta segunda-feira, dia 7, depois do acidente no Morro dos Cavalos. Para ele, os recorrentes e graves problemas registrados no Morro dos Cavalos refletem a omissão e o desrespeito do governo federal com Santa Catarina.
"Faixas adicionais numa rodovia com esse grau de importância são paliativos inaceitáveis e colocam os usuários constantemente em risco. A sociedade catarinense, com fundamental participação de nossa bancada federal, precisa intensificar a cobrança da solução definitiva, que é a construção dos túneis", diz Aguiar.
Ele lembra que o projeto de duplicação da BR-101 previa a construção de dois túneis de 1,3 quilômetros e dois viadutos de 180 metros no local. Os projetos foram concluídos em 2010. A licença de instalação foi emitida em 2014, mas as obras nunca foram executadas. "Basta atualizar os projetos e a licença", afirma o presidente da FIESC, acrescentando que os recursos devem ser privados, para garantir celeridade à execução.
A entidade propõe que a obra seja feita pela concessionária do trecho Sul (CCR), cujo valor do pedágio é menos da metade do valor do trecho Norte (Arteris). Além disso, a concessão Sul tem contrato mais longo. Assim, se a CCR fizer a obra, a incorporação dos valores do investimento ao pedágio terão menor impacto na tarifa paga pelo usuário. Os túneis são estimados em cerca de R$ 1,2 bilhão.