Jovem caminhoneiro deixa esposa e filho após trágico acidente envolvendo carretas e van na BR-376.
Caminhoneiro de 22 anos morto em tragédia na BR-376 é sepultado em Barra Velha Foto: Bruno Weinrich/TV Record/ O jovem caminhoneiro Alisther do Rosário, de 22 anos, natural de Itajaí e residente em Barra Velha (SC), foi sepultado nesta quinta-feira (13) após perder a vida em um grave acidente na BR-376, no litoral do Paraná. A tragédia envolveu duas carretas e uma van que transportava 15 pessoas com destino ao Beto Carrero World, em Penha (SC).
O velório aconteceu em Barra Velha, reunindo familiares, amigos e colegas de profissão que prestaram homenagens emocionadas a Alisther. Conhecido na estrada pela dedicação e humildade, ele deixa esposa, um filho de um ano e uma forte rede de apoio nas rodovias.
Nas redes sociais, caminhoneiros expressaram profundo pesar. Como um deles escreveu: “Mais um amigo que se foi sem se despedir. Triste pensar que o que a gente mais ama, também pode nos matar.”. Outro colega destacou: “Para sempre me inspirarei em você, irmão. Exemplo de humildade, dedicação e profissionalismo.”. A esposa também usou as redes para compartilhar sua dor, afirmando que o filho crescerá sabendo quem foi o pai e o legado deixado.
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O acidente fatal aconteceu no km 667 da BR-376, próximo a Guaratuba (PR), por volta das 4h45. No local, uma obra restringia o tráfego a uma única faixa da esquerda, com sinalização e fluxo lento. Segundo testemunhas, o caminhão-baú conduzido por Alisther colidiu contra uma van e outras carretas, provocando um engavetamento de grandes proporções.
A van transportava 15 pessoas, entre adultos e crianças, e foi tomada pelas chamas após o impacto, causando uma situação grave e mobilizando atendimento emergencial. A rodovia ficou interditada por cerca de seis horas, gerando um congestionamento que ultrapassou 20 km.
Das pessoas que estavam na van, ao menos seis foram hospitalizadas no Hospital São José, em Joinville (SC). Três receberam alta entre a noite anterior e a manhã do dia seguinte, enquanto outras três permanecem internadas, incluindo dois homens (35 e 39 anos) e uma mulher de 37 anos.
Esse acidente levanta questões essenciais sobre a segurança nas rodovias em que ocorrem obras, especialmente aquelas que reduzem faixas de tráfego e aumentam o risco de colisões múltiplas. Como evitar tragédias como essa? Será que a sinalização é suficiente para garantir a atenção dos motoristas? E o papel das autoridades no controle do fluxo durante obras?
Na prática, é fundamental que motoristas e caminhoneiros estejam sempre atentos à sinalização e velocidade reduzia em trechos com obras, além do reforço das medidas preventivas por parte das concessionárias e órgãos responsáveis.
Alisther será lembrado como um jovem dedicado, que lutava diariamente para sustentar sua família e construir uma trajetória nas estradas. A comoção deixada por sua morte evidencia a vulnerabilidade dos trabalhadores do setor e reforça a necessidade contínua de políticas eficazes de segurança viária.