O pequeno Lucas de Tubarão foi diagnosticado com displasia cortical focal e família iniciou campanha para custear o procedimento cirúrgico feito em Porto Alegre
Diagnosticado com displasia cortical há poucos meses, o pequeno Lucas Porto Zanchi, de 2 anos, morador de Tubarão, passou por uma cirurgia de urgência há poucos dias, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Após o procedimento cirúrgico, a criança ficou internada por dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e mais três dias na enfermaria. A expectativa de internação era de sete ou oito dias.
A mãe da criança, Carolina Porto, conta que ela, o esposo Nelson Zanchi Faustina e o menino já saíram do hospital. O menino continua com acompanhamento da equipe médica. "O Lucas está se recuperando bem. Ele teve alta com apenas cinco dias de hospital. O pós operatório precisa de um acompanhamento e muito cuidado. Ele teve crises focais, mas nada comparado as apresentadas antes da cirurgia", explica.
:: Relembre
Família de Tubarão inicia campanha para custear cirurgia de urgência em criança de 1 ano
Em outubro, os pais do menino iniciaram uma campanha para ajudar com os custos do procedimento e despesas de viagem. Para pagar a cirurgia de cerca de R$ 72 mil, eles tiveram que vender o próprio carro e mesmo com o valor, ainda faltaria cerca de R$ 34 mil para o valor total. Nos últimos meses eles contaram com a solidariedade da família, amigos e voluntários que contribuíram por meio da vakinha online e pix e conseguiram custear o procedimento de alta complexidade neurológica.
Sintomas são constantes desde os 2 meses
A displasia cortical focal é uma das formas mais frequentes de malformações do desenvolvimento cortical, está relacionada com epilepsia de difícil controle em crianças e adultos. Ela caracteriza-se por alterações histológicas, imaginológicas e eletrofisiológicas peculiares.
O garoto passou a apresentar os sintomas com dois meses. "Ele olhava muito para o mesmo lado, levantava a cabeça e com o passar do tempo percebemos que o seu corpo apresentava movimentos diferentes e convulsionava. Por vários momentos acreditei que poderia perder o meu filho. Com cinco meses, na missa, ele teve uma crise com espasmos e convulsionou", lembra.
Após o procedimento cirúrgico, a família do bebê já percebeu uma melhora significativa. "Assim que ele saiu da cirurgia, os médicos conversaram conosco que retiraram o máximo possível da região afetada do cérebro que ocasiona as crises. Ele terá uma reavaliação com o neurologista e tirará os pontos na próxima quarta-feira. Continuaremos com o acompanhamento médico", explica a mãe.
Carolina destaca que o corpo humano é muito inteligente e tem as suas peculiaridades. "Há coisas que não esperamos e podem ocorrer. Acreditamos na cura total do Lucas e vamos buscar isso. Muitas pessoas têm orado por ele e a oração é muito importante para a cura. Se Deus quiser, o meu filho alcançará a cura completa", enfatiza.
A epilepsia afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que no Brasil sejam 2 milhões de registros. Os pacientes com casos graves chegam a ter entre 40 e 50 convulsões por dia, com perda de sentido e queda.