Com o objetivo de ampliar a acessibilidade em momentos de fé, a Diocese de Tubarão iniciou a Pastoral dos Surdos. Pessoas com deficiência auditiva que frequentam as igrejas católicas da região agora contam com missas e catequese com intérpretes da Língua Brasileira dos Sinais (Libras).

“Temos a pastoral dos surdos da Diocese. Temos surdos de Laguna, Jaguaruna, Tubarão, Capivari, Pescaria e de outras cidades da região que estão participando. Faz nove meses que iniciamos esse trabalho”, conta a responsável Jaqueline Laureano Santos Duarte.

Neste final de semana, o grupo formado por 16 pessoas surdas de Tubarão e região e três intérpretes de Libras teve a oportunidade de participar, pela primeira vez, da Romaria Nacional da Pastoral do Surdo, em Aparecida (SP). 

Com a presença de sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos da Pastoral do Surdo, a Missa das 16h no santuário foi presidida por dom Adilson Pedro Busin, bispo da Diocese de Tubarão e referencial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a Pastoral do Surdo. 

A Missa foi concelebrada por dom Moacir Aparecido de Freitas, bispo da Diocese de Votuporanga (SP) e referencial da Pastoral do Surdo no Regional Sul 1 da CNBB e por diversos padres.

“Tivemos a oportunidade de visitar o santuário e conhecer pessoas surdas de todo o Brasil. Foi um encontro muito bonito. E temos a graça de ter o bispo, que é o referencial da CNBB aqui conosco”, destaca Jaqueline. 

Ela conta que esta foi a primeira vez que os jovens da região de Tubarão tiveram a oportunidade de conhecer o santuário em Aparecida e interagir com outras pessoas com a mesma deficiência. O evento reuniu cerca de 500 surdos de todo o Brasil. 

À luz do Evangelho do dia, em que Jesus fala para os discípulos acolherem as crianças e os pequeninos em Seu nome, dom Adilson lembrou o trabalho da Igreja em acolher os últimos, para que eles também estejam no centro, como a criança da passagem.

“Hoje aqui neste santuário da casa da Mãe, estão os nossos irmãos surdos. Isto é viver o evangelho, pois é como se Jesus estivesse aqui, tomasse os nossos surdos e colocasse no colo, no centro da atenção dEle e dos discípulos. E então ele diria: ‘os últimos serão os primeiros’”, destacou o bispo.