O filhote de baleia-franca que havia sido desencalhado no dia 24 de junho e devolvido ao mar com vida na Praia da Ibiraquera, em Imbituba, não encontrou a mãe e morreu. 

O animal foi localizado morto na manhã deste domingo, dia 30, na mesma praia onde encalhou, mas, com apoio das equipes do Instituto Australis/ProFRANCA e da Udesc, tinha sido devolvido ao mar.

“Desde o dia do resgate ficamos apreensivos pois o reencontro com a mãe era fundamental para sua sobrevivência, já que durante os primeiros meses de vida a sobrevivência do filhote depende exclusivamente do leite materno. Os filhotes de baleia-franca permanecem até um ano com a mãe, e precisam desse cuidado parental para sobreviver”, explicam os pesquisadores do Instituto Australis. 

O filhote havia sido avistado na sexta-feira, dia 28, pela equipe do Projeto Farol das Baleias, na mesma região, nadando, porém sem a companhia da mãe. 

O monitoramento não identificou interação de cuidado parental entre o filhote e baleias adultas, o que deixou as equipes de pesquisadores apreensivas em relação ao seu destino.

O encalhe ocorreu no Trecho 1 do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), de responsabilidade do LabZoo/UDESC Laguna, que irá realizar necropsia e coleta de amostras para identificar a causa do encalhe.

O Protocolo de Encalhes e Emalhes da 

APA da Baleia Franca/ICMBio, foi acionado e estão no local, além do Instituto Australis, a Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC, e a Prefeitura de Imbituba, que atuam de forma conjunta para o atendimento desta ocorrência.

A coordenação do Protocolo de Encalhes e Emalhes é formada pela APA da Baleia Franca/ICMBio, Instituto Australis, Associação R3 Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da UNESC, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e Polícia Militar Ambiental que trabalham em parceria para o atendimento de encalhes e emalhes na região da APA.