Paciente morreu no Paraná, mas autoridades investigam possível transmissão em Santa Catarina
O Ministério da Saúde investiga a primeira morte suspeita por Febre Oropouche em Santa Catarina. Além do Estado, outros três óbitos estão sendo apurados na Bahia e Maranhão.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, acompanha a investigação do caso suspeito.
O caso foi identificado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, sendo o paciente atendido por serviços de saúde locais do Paraná, onde foi a óbito no mês de abril de 2024. O Ministério da Saúde recomenda a investigação dos óbitos suspeitos ou confirmados pela doença.
Durante a investigação, foi estabelecido que o local provável da transmissão foi em Santa Catarina, uma vez que o paciente teve registro de viagem ao Estado. Neste momento Santa Catarina não investiga outros casos suspeitos de óbito pela doença.
Os municípios com maior número de casos confirmados são Luiz Alves (65), Botuverá (35) e Blumenau (09). Santa Catarina tem 140 casos confirmados até o momento, sem nenhum registro de óbito no Estado.
Sobre a doença
A Febre do Oropouche (FO) é causada por um arbovírus (vírus transmiti do porartrópodes ) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostras de sangue de animais silvestres durante a construção da rodovia Belém-Brasília. D
esde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela). A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente pela picada do maruim.
Sinais e Sintomas
Similares aos sintomas da dengue, as principais reações provocadas pelo vírus são dor de cabeça, dores musculares, náusea e diarreia. Também pode evoluir em um pequeno número de casos para diagnósticos mais graves, como manifestações neurológicas.
Atualmente, não existe vacina ou tratamento específico para a doença. Pacientes que possuírem sinais e sintomas devem permanecer em repouso, realizando o tratamento sintomático e mantendo acompanhamento médico.