Temporal causou danos na estrutura da casa e afetou também a unidade de saúde onde a moradora trabalha.
(Foto: Patrick Rodrigues) A terça-feira (25) começou diferente para Maria do Carmo, funcionária de uma unidade de saúde no Alto Canoas, em Luiz Alves. Enquanto a cidade ainda lidava com os estragos do temporal que alagou ruas e deixou moradores ilhados, ela recebeu a notícia que menos esperava: a casa que ganhou do filho há 15 anos estava ameaçando cair.
O imóvel fica na Rua Arlindo Lins de Oliveira e, apesar de a água não ter invadido o interior da residência, o problema vinha de onde ela menos imaginava.
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Nos fundos da casa passa um rio. Com a força da enchente, parte da estrutura que sustentava o terreno foi levada embora. A erosão deixou visíveis rachaduras preocupantes, registradas em fotos que passaram a circular na manhã desta terça.
Ao ver a situação, Maria do Carmo, que já sofre com pressão alta, decidiu buscar abrigo na casa da filha. “Não é seguro ficar aqui dentro”, disse ela ao olhar para o quintal, onde antes ficava o canil da família.
Preocupada, ela chegou a começar a retirar alguns móveis, mas precisou parar ao perceber que a casa poderia ceder a qualquer momento. O medo de perder tudo se misturou ao alívio de ter saído a tempo.
Enquanto tenta entender o que será feito de seu lar, Maria do Carmo também enfrenta outra consequência da enchente: a Unidade Básica de Saúde Rio Canoas, onde trabalha, ficou bastante danificada.
No local, equipes da prefeitura formaram uma força-tarefa para realizar a limpeza. Paredes e pisos foram lavados, móveis precisaram ser retirados para a calçada e os computadores foram recolhidos para avaliação. Parte dos medicamentos foi perdida e as vacinas, apesar de não terem sido molhadas, agora passarão por análises para verificar se ainda estão adequadas para uso.
Segundo a prefeitura de Luiz Alves, o atendimento à comunidade deve ser retomado somente na próxima semana, após a finalização dos reparos e das avaliações técnicas.
A enchente deixou não apenas estragos materiais, mas também uma sensação de insegurança entre os moradores. Para Maria do Carmo, a prioridade agora é garantir proteção e aguardar orientações sobre o que será feito para recuperar a estrutura da casa.