Com sua aprovação em três seleções distintas de pós-doutorado, Mario Abel Bressan reafirma o valor da ciência aplicada às relações humanas
A dedicação ao ensino, à pesquisa e ao desenvolvimento humano acaba de render ao professor, palestrante e pesquisador Mario Abel Bressan Júnior, de Tubarão, um reconhecimento que fortalece ainda mais sua trajetória: a aprovação em três projetos de pós-doutorado, todos com foco na memória afetiva e sua relação com o comportamento humano, a neurociência e a comunicação.
Em um cenário cada vez mais marcado por transformações emocionais, sociais e tecnológicas, compreender como as emoções moldam nossas decisões, vínculos e aprendizados tornou-se uma prioridade estratégica para empresas, escolas, marcas e instituições. O avanço da neurociência do comportamento e o crescimento da demanda por habilidades socioemocionais no ambiente de trabalho revelam que inteligência emocional, empatia e construção de vínculos são pilares não apenas humanos, mas também econômicos e institucionais.
Nesse contexto, os estudos conduzidos por Mario Bressan assumem papel essencial: eles investigam como a memória afetiva, ou seja, as lembranças emocionais que nos marcam ao longo da vida, podem ser utilizadas de forma intencional para gerar bem-estar, fortalecer lideranças, aprimorar estratégias de vendas, comunicação, atendimento ao público e gerar engajamento real com marcas e pessoas. Com sua aprovação em três seleções distintas de pós-doutorado, Bressan reafirma o valor da ciência aplicada às relações humanas.
“Estudar memória é estudar pessoas. São os afetos que nos guiam, nos marcam e nos conectam. Ter esses projetos aprovados é mais que um reconhecimento acadêmico — é a certeza de que vale a pena investir nos sonhos, na qualificação e na construção de um conhecimento que transforma vidas”, destaca Mario.
Com bolsas concedidas pela FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de SC) e pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), além da aceitação no Programa de Pós-Graduação em Neurociência Cognitiva e Comportamento da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), Mario consolida sua atuação como referência nacional na interseção entre ciência, emoção e inovação.
Quase 25 anos de carreira
Com quase 25 anos de carreira docente, Mario é professor titular na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), onde atua no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem (PPGCL), na linha de pesquisa Linguagem e Cultura, e também na graduação em Publicidade e Propaganda e em Jornalismo. Além disso, leciona no curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Univinte.
É coordenador do grupo de pesquisa Memória, Afeto e Redes Convergentes – .marc (CNPq) e autor de livros e artigos científicos que discutem o papel da memória emocional nas práticas comunicacionais, culturais e institucionais. Suas produções transitam entre o meio acadêmico e os ambientes profissionais, com destaque para metodologias próprias que já foram aplicadas em empresas, escolas, eventos corporativos e projetos de impacto social.
Atuando também como facilitador de imersões e mentorias corporativas, Bressan alia ciência e emoção com estratégias de transformação pessoal e organizacional. Ele desenvolve metodologias que unem storytelling, escuta ativa, evocação de memórias e técnicas de neurociência aplicada ao desenvolvimento humano.
Projetos aprovados
Os três projetos aprovados se articulam na construção de soluções práticas e científicas para os desafios do mundo contemporâneo:
Os três projetos aprovados partem de um eixo comum: investigar o papel da memória afetiva no desenvolvimento humano, na transformação de ambientes organizacionais e nas estratégias de comunicação contemporâneas. Embora com focos e públicos distintos, todos eles buscam compreender como as emoções e experiências marcantes moldam nossas decisões, relações e desempenho — e como esse conhecimento pode ser aplicado de forma ética e inovadora.
ME.Marca – Sistema de Ativação Emocional
Selecionado pelo edital 02/2025 da FAPESC, o projeto aprovado junto à UNIVILLE (Universidade da Região de Joinville) tem como objetivo desenvolver um sistema metodológico voltado ao fortalecimento das habilidades socioemocionais no ambiente corporativo. A proposta é voltada especialmente a lideranças, setores de RH e atendimento ao cliente. O ME.Marca combina técnicas de evocação de memórias afetivas, jogos e ferramentas de escuta ativa para estimular empatia, autorregulação emocional, engajamento de equipes e prevenção do burnout. O projeto propõe transformar o cuidado emocional em prática estratégica, mensurável e replicável, promovendo saúde mental e inovação na gestão de pessoas.
Neuroflux – Plataforma Neuroafetiva de Consumo da Geração Z
Aprovado no edital MAI/DAI do CNPq, o projeto também vinculado à UNIVILLE e desenvolvido em parceria com a agência Supernova, propõe a criação de uma plataforma digital interativa para mapear os gatilhos emocionais e heurísticas inconscientes que influenciam o comportamento de consumo da Geração Z. Com base em fundamentos da neurociência do consumo, marcadores somáticos e memória afetiva, a ferramenta permitirá que marcas e agências criem campanhas mais empáticas, éticas e eficazes, conectadas aos valores e expectativas emocionais desse público altamente digital e sensível.
Pós-Doutorado em Neurociência Cognitiva e Comportamento (UFPB)
O terceiro projeto é o ingresso no PPGNec – Programa de Pós-Graduação em Neurociência Cognitiva e Comportamento da Universidade Federal da Paraíba, sob supervisão da professora Dra. Melyssa Galdino, referência nacional na área de cognição e comportamento. Essa pesquisa investigará como a memória afetiva atua na formação de habilidades socioemocionais em contextos educacionais e profissionais, com potencial de aplicação em políticas públicas, processos formativos e iniciativas de inovação social.
Por se tratarem de projetos com bolsas de fomento público, e conforme as normas que impedem o acúmulo de auxílios simultâneos, Mario optou por desenvolver os projetos vinculados à FAPESC (ME.Marca) e à UFPB (Neurociência Cognitiva e Comportamento). A decisão foi tomada com base na complementaridade das abordagens e no potencial de articulação entre pesquisa científica, impacto prático e contribuição à sociedade.