Prefeito Castilho Silvano Vieira destaca projetos para áreas importantes, como educação e saúde, e diz que asfalto será prioridade no novo governo
Encerradas as eleições deste ano, o prefeito de Sangão, Castilho Silvano Vieira (Progressistas), já se prepara para o próximo mandato à frente do município.
Com chapa pura, Castilho e seu atual vice, Jaime de Souza, mais conhecido por Jaime da Cula, foram reeleitos com 4.319 votos (56,86%), derrotando a chapa adversária liderada por Gilson José Manoel (PL), o Gi, e o vice Bruno Cândido Garcia (PSD), em coligação formada também pelo MDB e que obteve 3.277 votos (43,14%).
Em entrevista à Folha Regional na última semana, Castilho afirma que foi uma eleição tranquila, sem grandes desgastes – ao contrário da disputa anterior, quando ficou doente no meio da campanha, precisou se afastar por uma semana e até cogitou largar a candidatura. “Agora, para mim foi a melhor das cinco eleições que eu já tinha concorrido”, resume.
Para Castilho, o seu desempenho nas urnas deve-se também aos resultados apresentados na atual gestão, sobretudo em áreas estratégicas como saúde e educação. Neste ano, a eleição para prefeito no município registrou 7.596 votos válidos.
“Pode ser que o PP tenha 2 mil votos e o MDB tenha 2 mil, o que dá 4 mil, mais 3,5 mil, que é gestão, tanto por um lado, quanto por outro. Aí talvez desses 3,5 mil, cerca de 2,5 mil vieram para mim por causa da gestão, e os outros mil votos são questões partidárias”, avalia.
Mesmo reeleito, Castilho decidiu fazer a transição de governo e deve promover mudanças nas equipes. Diz que sua ideia é oxigenar o governo. Mas, ainda assim, nomes do primeiro escalão do atual mandato, pela sua experiência adquirida na máquina pública, devem ser aproveitados na próxima gestão, a partir de 2025. “Quero mudar quase na totalidade. A vantagem de fazer política sem promessa é isso aí. Hoje não tenho uma secretaria prometida”, garante.
A secretaria de Saúde terá novo titular, cujo nome ainda não está confirmado. Para a educação, Castilho definiu a professora Gislaine de Souza (PP), que ficou de suplente de vereadora nesta eleição, com 403 votos. Ainda na educação, já foram indicadas todas as diretoras das escolas, mas ainda dependem de aprovação. Luciano Elias Nunes (PP), que também ficou de suplente, com 368 votos, será o próximo secretário de Desenvolvimento Social.
À frente do governo, Castilho diz que gosta de acompanhar de perto o andamento dos trabalhos em todas as secretarias. “Alguns detalhes a gente tem que estar por dentro. Cuido muito do financeiro, eu que trato, olho as contas, vejo a arrecadação, deixando uma reserva, fazendo projetos, eu que faço. É lógico que estamos falando de um município pequeno, mas não é diferente do município grande”, comenta.
Educação
Com aprovação de 92% entre os que utilizam o serviço de educação, Castilho afirma que a qualidade do sistema educacional de Sangão é comparada ao nível das escolas particulares, inclusive com o uso das mesmas apostilas para os alunos.
O município, que tem projetos em parceria com Sesi, Senai e a empresa Hipper Freios, de Sangão, pretende seguir investindo em aulas de idioma, música e robótica.
Para o prefeito, tudo começa na valorização do profissional. Hoje o município tem 18 ônibus que fazem o transporte escolar, com monitores e câmeras de segurança, e apenas uma van terceirizada que faz uma linha para a universidade, em Criciúma.
Em breve o município deve autorizar licitação de R$ 6 milhões, com recurso do governo federal, para a construção de uma creche no Morro Grande. Serão 2 mil metros quadrados de área construída e capacidade para cerca de 380 crianças. Além há projetos encaminhados para a construção de mais dois berçários – um na Água Boa e outro na Santa Apolônia.
As escolas contam com câmeras de vigilância e portão eletrônico, e o número de vigilantes deve ser ampliado. O prefeito planeja também implantar câmeras com reconhecimento facial na entrada desses colégios. Ainda entre as novidades, este será o primeiro ano em que dois berçários funcionarão durante as férias, para que os bebês tenham onde ficar enquanto os pais trabalham. Se a iniciativa funcionar, pode ser ampliada.
Saúde
Referência em saúde na região, Sangão conta com diversos projetos para o setor. Hoje o município dispõe do Centro Viver Bem, que diversos serviços, incluindo fisioterapia, práticas integrativas, psiquiatria, programas de saúde mental, grupos terapêuticos e o Programa Envelhecer Saudável com mais de 100 idosos. Além disso, a clínica adota práticas sustentáveis, como o uso de água da chuva e um horto de plantas medicinais para a medicina alternativa.
Castilho adianta também que o município planeja criar um anexo para a creche para idosos, com atividades durante o dia e acesso aos serviços médicos. Além disso, Sangão deverá ter a partir dos próximos anos serviço de oftalmologista gratuito à população, com exames e outros tipos de atendimento.
Câmeras de vigilância
O município também investe em câmeras de segurança, tanto nas ruas quanto nos prédios públicos, para melhorar a segurança dos imóveis e também dos próprios funcionários.
Estima-se que em um ano, com a instalação de câmeras, o número de roubos e furtos reduziu em 45%. O índice de resolutividade dos crimes também aumentou. Com isso, a ideia do prefeito é aumentar ainda mais o número de equipamentos pela cidade.
“Estamos buscando alguma forma para incentivar a população a implantar câmera em suas casas. Dar uma isenção, redução no IPTU, algo nesse sentido, para incentivar o pessoal”, afirma o prefeito de Sangão.
Investimento em asfalto
A partir do próximo ano, Sangão deve contar com os serviços da usina de asfalto da Amurel, cujo início do funcionamento está previsto para abril. O município está preparando o projeto para executar cerca de 20 quilômetros de asfalto. Castilho diz que, a partir de agora, pavimentação com asfalto será a prioridade do governo.
“Até abrir vamos ter cerca de R$ 5 milhões na conta para começar a executar asfalto e não parar mais”, garante. Outra prioridade, segundo ele, é a pavimentação do Centro de Morro Grande, com investimento em drenagem e asfalto. “Fiquei devendo e não foi por preguiça. Tive que cuidar da saúde, educação, cuidar das outras áreas, e tinha gente que estava numa situação pior do que aqui, tinha bairro que não tinha água, esgoto. Tive que arrumar os bairros também. O projeto está quase pronto”, explica Castilho.