Eldo Gross, de 67 anos, teve a casa invadida pela água, na cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari
As enchentes destroem o patrimônio de famílias e de empresas, mas também ameaçam de várias formas a saúde das pessoas. O governo do Rio Grande do Sul confirmou nesta segunda-feira, dia 20, a primeira morte por leptospirose.
Eldo Gross, de 67 anos, teve a casa invadida pela água, na cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari. Segundo a prefeitura, ele morreu na sexta-feira, dia 17, mas o Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmou óbito somente nesta segunda-feira, dia 20. As informações são do g1.
"Ele buscou atendimento, foi internado, foi hospitalizado, foram realizados os exames e a partir daí se confirmou o caso de leptospirose", diz o médico Fábio José Pavan.
Outras três pessoas estão tratando a doença na cidade, todos sem grandes complicações. A leptospirose é transmitida por uma bactéria presente na urina de animais infectados a partir de lesões na pele e exposição prolongada à água das enchentes.
Para evitar a doença, a Secretaria Estadual da Saúde sugere o uso de luvas e botas para limpar a lama e recomenda o uso preventivo com antibiótico para quem teve contato com a inundação.
A doença é uma das que mais preocupa as autoridades de saúde, pois há grande risco de casos em razão do contato com a água das cheias. A leptospirose é causada pela bactéria leptospira, presente na urina de roedores e comumente adquirida pelo contato com água ou solo contaminados.
Sintomas
Veja os principais sintomas da doença:
- Na fase inicial, os pacientes podem sentir febre igual ou maior que 38 ºC;
- Dor na região lombar ou na panturrilha;
- Dor de cabeça;
- Conjuntivite
Os sinais de alerta para gravidade da doença são tosse, hemorragias ou insuficiência renal.
Tratamento
O Ministério da Saúde orienta que os casos suspeitos de leptospirose no Rio Grande do Sul devem ter tratamento imediato, que consiste no uso de substâncias e medicamentos para evitar o desenvolvimento da doença.