Mais de 58% da população catarinense vive em união conjugal; Rio Fortuna se destaca no Estado
Foto: freepik Santa Catarina é o estado brasileiro com a maior proporção de pessoas vivendo em união conjugal, segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostra que 58,3% da população catarinense vive com um parceiro ou parceira, superando a média nacional de 51,3%.
Entre os municípios do Estado, Rio Fortuna chama atenção: 68,7% dos moradores vivem em união consensual, o quarto maior índice de Santa Catarina.
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De acordo com o IBGE, 25,6% dos catarinenses — cerca de 1,7 milhão de pessoas — nunca viveram em união conjugal.
O número é o segundo menor do país, atrás apenas do Rio Grande do Sul (25,3%).
No Brasil, a média de pessoas solteiras é 30,1%, sendo o Amapá o estado com mais solteiros (34,6%).
O Censo 2022 revela uma mudança significativa no comportamento dos brasileiros.
Pela primeira vez, o país registrou maioria de uniões consensuais em relação aos casamentos formais.
Em 2022, 38,9% das uniões conjugais eram consensuais, sem registro civil ou religioso — número que vem crescendo desde 2000, quando era de 28,6%.
Enquanto isso, os casamentos formalizados continuam em queda:
Em 2000, representavam 49,4% das uniões;
Em 2022, caíram para 37,9%.
Casamentos apenas religiosos também diminuíram (de 4,4% para 2,6%), enquanto os apenas civis subiram de 17,5% para 20,5%.
O levantamento mostra que as uniões consensuais são mais comuns entre jovens.
Entre pessoas de 20 a 29 anos, 24,8% vivem em união consensual, contra 5,8% casadas formalmente.
Na faixa de 30 a 39 anos, o número sobe para 28,5%.
Já entre os 50 e 59 anos, predominam os casamentos civis e religiosos (22,1%), enquanto as consensuais somam 13%.
Entre os que ganham até um salário mínimo, a união consensual é predominante.
O mesmo ocorre entre pessoas sem religião, onde 62,5% vivem nesse tipo de relacionamento.
Entre católicos, o índice é 40,9%, e entre evangélicos, 28,7%.
A pesquisadora Luciane Barros Longo, do IBGE, explica que o aumento das uniões consensuais reflete uma mudança de comportamento social.
“A união consensual é ainda um fenômeno mais jovem, ligado às pessoas de menor renda”, analisa.