Nesta segunda, o dia será marcado por predomínio de sol e chance de temporais a partir da tarde em algumas regiões do Estado
Os próximos três meses em Santa Catarina serão marcados por chuvas irregulares e temperaturas mais altas do que o normal, de acordo com o Fórum Climático Catarinense, que se reúne mensalmente para analisar tendências meteorológicas.
A previsão para abril, maio e junho indica períodos de estiagem prolongada no Grande Oeste e volumes de chuva acima da média em algumas regiões. Além disso, o trimestre será mais quente que o habitual, com ondas de frio que tendem a ser mais curtas.
Segundo a central de monitoramento da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina, o fenômeno El Niño está entrando em fase de neutralidade, com temperaturas do Oceano Pacífico variando entre -0,5°C e +0,3°C nas últimas semanas.
Previsão do tempo
Nesta segunda-feira, dia 31, uma baixa pressão no interior do continente e a aproximação de uma nova frente fria deixam o tempo instável no Estado. O dia começa com predomínio de sol e, a partir da tarde, há condições para temporais, especialmente no Grande Oeste e nas áreas que fazem divisa com o RS, onde o risco é moderado para ocorrências meteorológicas.
Pela manhã, as temperaturas seguem amenas entre o Meio-Oeste e os Planaltos, oscilando entre 14°C e 20°C e ficando levemente mais baixas nos pontos mais altos das regiões de serra. Nas demais áreas, as mínimas variam entre 19°C e 24°C. À tarde os termômetros passam dos 30°C em todas as regiões. No Oeste e no Litoral Sul, as temperaturas podem passar dos 35°C.
Na terça-feira, dia 1º, com a atuação da frente fria, o tempo fica mais fechado e com chuva a qualquer hora. Entre a tarde e à noite, há condições para novos temporais com chuva pontualmente intensa, especialmente na metade leste de SC.
O amanhecer conta com temperaturas entre 16°C e 20°C em toda Santa Catarina. Com o tempo mais chuvoso, as temperaturas não passam dos 30°C, ficando ainda mais amenas nas áreas ao sul do estado, não passando dos 22°C.
Chuvas abaixo da média no Oeste e calor acima do esperado
A chuva será mal distribuída em parte do trimestre. Em abril, a previsão ainda é de precipitações abaixo da média no Oeste, enquanto as demais regiões podem ter volumes dentro ou acima da normalidade. Para maio e junho, a tendência é de precipitações mais próximas da média histórica, mas ainda com períodos de chuvas mais irregulares, principalmente no Grande Oeste.
As temperaturas ficarão acima da média para o outono e início do inverno, com alguns dias de frio intenso, mas de curta duração. Geadas já podem ocorrer em abril, mas em maior intensidade entre maio e junho, especialmente nas áreas mais altas do Estado.
Dados do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil mostram que a maior parte dos desastres em Santa Catarina ocorre entre setembro e março, meses mais quentes e chuvosos. Com a chegada do outono, o risco de enxurradas e deslizamentos diminui, mas alagamentos continuam preocupando, principalmente em maio e junho, que costumam registrar altos volumes de chuva em algumas regiões.
Impactos no Litoral e no Oeste
A equipe de monitoramento da Proteção e Defesa Civil, explica que a chegada do outono traz mudanças importantes para o litoral e o Oeste catarinense. No litoral, a redução das chuvas pode afetar atividades como turismo e pesca, enquanto ciclones extratropicais no Atlântico podem provocar ressacas e fortes ondas.
No Oeste, a estiagem segue como preocupação. Segundo o monitoramento da Proteção e Defesa Civil o volume médio esperado para época é de 130 e 170 mm em abril e de 150 a 200 mm em maio e junho, o que pode afetar a agricultura e o abastecimento de água em algumas cidades catarinenses.
Com um trimestre de chuvas irregulares e temperaturas acima do esperado, é essencial que a população acompanhe as previsões meteorológicas e siga as orientações da Proteção e Defesa Civil.
A combinação de períodos secos e mudanças bruscas de temperaturas pode trazer impactos para diversas regiões do estado. O monitoramento contínuo ajudará a minimizar riscos e garantir que as comunidades estejam preparadas para os desafios climáticos dos próximos meses.