Prefeito Estêner Soratto anunciou a previsão de chegada em Tubarão da draga que atualmente está no Rio Itajaí-Açu para trabalhos mais superficiais
Divulgação/Folha Regional Memória, Prevenção e Reações Eficientes. Este foi o tema do 16º Seminário da Enchente de 74, realizado nesta segunda-feira, dia 24, no auditório da Amurel, em Tubarão.
Diversas autoridades, como o prefeito Estêner Soratto, o vice Denis Matiola, o presidente da Câmara Municipal, Felipe Tessmann, e vereadores, representantes de entidades e instituições como o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Defesa Civil, entre outras, participaram do evento.
Os pais e a viúva do ex-coordenador regional de Defesa Civil de Tubarão, o sargento Anderson Martins Cardoso, receberam das mãos do vereador Maurício da Silva uma cópia do Projeto de Lei que nomeou como Rua Sargento Anderson Martins Cardoso uma via no bairro Passo do Gado.
O prefeito Estêner Soratto, antes de declarar o seminário aberto, comentou sobre a importância da atualização do Plano de Contingência e de algumas medidas paliativas e preventivas, como a previsão de chegada em Tubarão da draga que atualmente está no Rio Itajaí-Açu, para a realização de trabalhos mais superficiais, mas que trarão maior segurança em relação a eventuais cheias do Rio Tubarão.
Contenção de cheias na Bacia do Rio Tubarão
A programação do seminário seguiu com a palestra do secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Marques, que trouxe o histórico das inundações do Rio Tubarão, o andamento da atualização do Plano de Contingência do Município e medidas que a secretaria tem tomado, como limpeza de valas e córregos do sistema de drenagem e vistoria e inspeção das bombas da macrodrenagem.
O engenheiro Claudemir Souza dos Santos, presidente da Comissão de Acompanhamento de Projetos, apresentou o trabalho que vem sendo feito no que diz respeito a uma maior eficácia na contenção de cheias na Bacia do Rio Tubarão. Em seguida, representando o secretário de Estado de Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, o coordenador regional Heron Flores trouxe a posição do governo de Santa Catarina sobre as demandas tubaronenses, em especial atualizações do projeto de redragagem do Rio Tubarão, atualmente sob responsabilidade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Ao término, o bispo Dom Adilson Pedro Busin fez uma oração às vítimas das enchentes, tanto a de 74 quanto as recentes no Rio Grande do Sul, sua terra natal.
Monumento sobre a enchente de 74
Após a última palestra, os participantes se dirigiram até a Praça Orlando Francalacci, onde houve a reinauguração do Monumento às Obras de Dragagem e Retificação do Rio Tubarão e às vítimas da Enchente de 74.
O monumento passou por um processo de restauração, com a recuperação das estruturas metálicas corroídas e a reinstalação das placas descritivas, algumas delas danificadas. Para garantir a precisão das informações, foi realizado um levantamento topográfico e analisadas imagens da época da enchente.
“Este monumento é um marco importante da nossa história, lembrando os desafios enfrentados em 1974 e a força da nossa comunidade. A restauração é um passo para preservar essa memória e garantir que as futuras gerações compreendam a importância desse momento”, destaca o prefeito Estêner Soratto.
A enchente de 24 de março de 1974, um domingo, varreu Tubarão, desalojou 60 mil pessoas e causou a morte de 199 tubaronenses.
