Segundo o sindicato, durante a greve, os serviços essenciais serão mantidos de forma voluntária pelos trabalhadores
Funcionários da Celesc iniciaram uma greve por tempo indeterminado na manhã desta segunda-feira, dia 12, em Santa Catarina.
Uma das motivações é contra uma proposta da diretoria da empresa relacionada à Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Segundo a Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina (Intercel), a paralisação é uma resposta à tentativa de mudança na forma de pagamento da PLR, que, segundo os sindicalistas, visa beneficiar um grupo restrito de funcionários em detrimento de outras categorias.
De acordo com a nota divulgada pela Intercel, a decisão de entrar em greve decorreu de um longo processo de negociações frustradas. Os sindicatos que representam os empregados criticaram a Diretoria da Celesc durante as negociações. “A categoria decidiu entrar em greve por considerar que direitos adquiridos estão sendo destruídos para favorecer um pequeno grupo”, afirma a nota.
Esta será a terceira greve enfrentada pelo governo de Jorginho Mello (PL) em um curto período. Anteriormente, os professores realizaram uma greve, que foi encerrada após uma nova proposta de negociação do governo, e os servidores da Casan também paralisaram suas atividades por 10 dias em junho.
Confira a nota divulgada pela Intercel:
NOTA À POPULAÇÃO:
A Intercel vem a público comunicar a população catarinense que a categoria entrará em greve por tempo indeterminado a partir das 06 horas da manhã do dia 12 de agosto.
O motivo da greve é a postura negligente da Diretoria da empresa tanto na negociação de direitos dos(as) trabalhadores(as) quanto na gestão da empresa. Atuando com uma lógica privada, a Diretoria tem PRECARIZADO condições de trabalho, o que impacta diretamente no serviço prestado à POPULAÇÃO. Apesar de todos os esforços da categoria em manter um atendimento de qualidade ao povo catarinense, a gestão desta Diretoria além de não recompor o quadro de pessoal próprio e aumentar a terceirização, ainda implementou um sistema comercial que segue trazendo transtornos, decisões que levam os(as) trabalhadores(as) a situações inseguras tanto física quanto mentais, PREJUDICANDO a população como um todo.
Neste cenário, os(as) trabalhadores(as) da Celesc, que têm se dedicado a garantir o atendimento à população ainda têm sido atacados pela Diretoria. Não há valorização dos celesquianos(as) enquanto responsáveis pelos bons números técnicos e financeiros da empresa. Mesmo com uma proposta encaminhada pela Intercel em dezembro de 2023 para o Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados 2024 dos celesquianos(as), a Diretoria não formalizou contraproposta, apostando em uma tentativa de divisão e enfraquecimento dos trabalhadores.