Bombeira seria a 1ª mergulhadora mulher do batalhão de Chapecó. Ela ficou internada por 10 dias, mas não resistiu
"Uma jovem de alma guerreira e coração compassivo, que sempre dedicou sua vida a ajudar o próximo.” Essa foi apenas uma das inúmeras homenagens prestadas a Tainá Pauli, de 28 anos. A bombeira militar, lotada no 6º BBM (Batalhão de Bombeiros Militar) de Chapecó, no Oeste catarinense, morreu na sexta-feira, dia 28, vítima de um afogamento durante um curso de mergulho em Itajaí, no Litoral Norte.
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Bombeira de 28 anos morre no hospital nove dias após se afogar em treinamento em SC
Mesmo após a morte, Tainá continua ajudando o próximo. A família autorizou a doação de órgãos e o Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, de Itajaí, onde a bombeira estava hospitalizada, prestou uma homenagem pelo ato neste sábado, dia 29.
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“Tainá sempre sonhou em salvar vidas e, mesmo após sua partida, ela cumpriu essa missão de maneira extraordinária. A decisão nobre de sua família em autorizar a doação de seus órgãos trouxe uma nova chance de vida para outras pessoas. Agradecemos profundamente aos familiares pela confiança e por permitir que esse gesto de amor e esperança fosse possível. Que Deus conforte o coração de todos vocês nesse momento de dor. Tainá é uma verdadeira heroína!”
O acidente
No dia 19 de março, enquanto participava do Curso de Mergulho Autônomo (CMAUT) no Rio Itajaí, Tainá sofreu um afogamento. Ela foi internada em estado grave e permaneceu por 10 dias na UTI do Hospital Marieta Konder Bornhausen. O médico Lucas Morastoni atendeu Tainá no dia do afogamento e explica que naquele momento foi possível reverter rapidamente a parada cardiorrespiratória. “Nossa torcida estava grande pela recuperação dela”, afirmou.
A bombeira teve um afogamento de grau 6, considerado o mais grave, onde a vítima é socorrida em parada cardiorrespiratória, com possibilidade de lesões em múltiplos órgãos e falecimento.
Na sexta-feira, dia 28, sua morte foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros Militar. A soldado estava prestes a se tornar a primeira mergulhadora feminina do 6º BBM, em Chapecó.
O CBM divulgou uma nota em lamento à morte. “Neste difícil momento, toda a corporação está em luto. O CBMSC registra aos familiares, irmãos de farda e amigos da soldado Tainá sentimentos de tristeza e solidariedade com as respeitosas continências de toda a corporação”, diz um trecho do comunicado.