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COTIDIANO

Vereadores de Laguna abrem CPI para investigar contratação de empresa de coleta de lixo com dispensa de licitação

No requerimento os vereadores alegam que não houve divulgação pela prefeitura do processo de contratação, entre outros motivos

Laguna, 18/06/2024 08h29 | Atualizada em 18/06/2024 16h41 | Por: Redação Folha Regional

Os vereadores de Laguna aprovaram nesta segunda-feira, dia 17, a abertura de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a prefeitura do município.

Dessa vez o alvo do inquérito é a contratação da empresa Plural Serviços Técnicos LTDA. para a execução dos serviços de coleta, transporte e descarga de resíduos sólidos em Laguna.

Como nove vereadores assinaram o requerimento que solicitava a abertura da CPI o pedido não precisou ir à votação do plenário. Conforme a composição partidária da Câmara, o presidente Hirã Floriano Ramos (PL) definiu os vereadores que integrarão a comissão: Anderson Silveira de Souza, o Maninho (Podemos); Kleber da Kek (PP); e Deise Daiana Xavier Cardoso (Republicanos).

Na segunda-feira passada, dia 10, a prefeitura de Laguna definiu a contratação da empresa Plural Serviços Técnicos Ltda., de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, por dispensa de licitação. Os valores da contratação serão de R$ 350 por tonelada, e o valor mensal estimado será de R$ 350 mil, perfazendo o valor total estimado de R$ 2,1 milhões.

Agora esta contratação direta por dispensa de licitação foi apontada entre os motivos que levaram à abertura da CPI. Os vereadores alegam também que não houve divulgação pela prefeitura do processo de contratação, em especial o estudo técnico preliminar, termo de referência ou contrato, e que o único documento disponibilizado é a justificativa assinada pelo secretário da Fazenda, Administração e Serviços Públicos, Alcenê dos Santos.

Executivo sofre derrotas na Câmara

Na mesma sessão desta segunda-feira, os vereadores, por maioria, derrubaram uma decisão anterior do prefeito Samir Ahmad que estava provocando polêmica em Laguna.

A Câmara sustou quatro decretos do Poder Executiva que declarava imóveis particulares como de utilidade pública para fins de desapropriação pela prefeitura, com a alegação de proteção e preservação do meio ambiente e execução de planos de urbanização e o parcelamento do solo sustentável.

“Não restaram atendidos os requisitos de interesse público ou municipal, além do interesse social e falta de manifestação do órgão ambiental, diante da possibilidade de partes das áreas estarem inseridas em área de preservação permanente, bem como ausência da indicação das fontes de recursos a serem aplicadas” no caso de eventuais indenizações, alegam os membros da mesa diretora, que apresentaram o projeto de decreto legislativo.

O prefeito ainda saiu derrotado com a derrubada, por unanimidade, do seu veto ao projeto de lei que cria o Programa de Auxílio ao Pescador Artesanal, por meio do qual a prefeitura fornece aos pescadores de baixa renda o Kit Pescador, formado por par de botas, conjunto de macacão com capa impermeável, boné, camiseta, protetor solar e colete salva-vidas. O projeto é de autoria da vereadora Deise Daiana.

Folha Regional

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