Presidente da Copagro explica que o som é resultante dos trabalhos de detonação de rochas que estão em andamento no bairro São Cristóvão
Um intenso estrondo chamou a atenção de moradores de Tubarão e cidades vizinhas no final da manhã desta terça-feira, dia 10. Pessoas relataram que chegaram a ouvir o barulho em Jaguaruna e Capivari de Baixo. A estrutura será utilizada para beneficiamento de arroz parboilizado e branco, além da produção de rações para animais.
O som que ecoou pela região é resultante de detonações de rochas que estão sendo feitas para a instalação do novo parque fabril da Cooperativa Agropecuária de Tubarão (Copagro), na área localizada no bairro São Cristóvão.
Nesta terça-feira, dia 10, a empresa responsável pela obra executou detonações de rochas próximo ao meio-dia. A ação chegou a afetar os alimentadores da Cooperativa de Eletrificação Rural (Coorsel) no bairro São Cristóvão, interrompendo o fornecimento para consumidores de Tubarão, Treze de Maio e o bairro São João, em Pedras Grandes.
A cooperativa de energia emitiu uma nota comunicando o caso. “A Coorsel informa que a falta de energia de hoje por volta do meio-dia e o pico de energia da semana passada foram causados pela detonação de rochas, na localidade de São Cristóvão, em Tubarão. A explosão afetou os alimentadores da subestação da Coorsel no bairro São Cristóvão, interrompendo o fornecimento para consumidores de Tubarão, Treze de Maio e o bairro São João, em Pedras Grandes. Agradecemos a compreensão e informamos que o fornecimento de energia já está normalizado”, comunicou.
De acordo com o presidente da Copagro, Dionísio Bressan, as detonações estão sendo feitas a cada 15 dias pela empresa Hexa, especialista neste tipo de serviço, e que também executa as detonações de rochas às margens da BR-101, em Capivari de Baixo, para a CCR ViaCosteira.
“Cumprimos com toda a legislação. Existem normas técnicas para fazer a detonação e essa de hoje foi em uma pequena área. Acredito que o dia de calor, sem vento, ampliou a propagação do som, causando certo desconforto sonoro”, explica o presidente.
Ele complementa que sismógrafos foram instalados para medir o movimento sísmico das atividades. De acordo com os relatórios, em todas as detonações os movimentos sísmicos estão dentro do permitido, inclusive com movimentações, muito inferiores ao limite máximo.
“Em todas as detonações os movimentos ficaram entre 2,5 e nunca passou de 3, para ver como temos uma margem de segurança, não estamos chegando a 10% do que é permitido, já que o limite é de 50 mm/s. Acredito que o que chama mais atenção é o som, que é alto, a norma permite até 125 decibéis e nunca chegamos nem perto”, detalha.
O presidente da Copagro informa que a obra terá ainda cerca de seis etapas com novas detonações quinzenais. A ação conta com o acompanhamento da Guarda Municipal, para o controle do trânsito e de técnicos responsáveis.